Os técnicos já removeram a estrutura retabular para ser intervencionada no atelier

Tiveram início, no passado dia 14 de Julho, os trabalhos de conservação e restauro da tela “Pentecostes” da Capela do Espírito Santo, na Sancheira Grande, com a sua remoção da estrutura retabular e transporte para atelier para ser intervencionada.
De acordo com a autarquia, foi possível aferir o excelente estado de conservação das madeiras da estrutura retabular, bem como da moldura que sustenta a tela, estando reunidas as condições para uma intervenção de consolidação do suporte, preenchimentos das lacunas e recuperação da tela para o seu estado original.
A Câmara de Óbidos aprovou, por maioria, a atribuição de um apoio de 2.700 euros à paróquia de Santa Maria Madalena para esta intervenção, que vem no seguimento da reabilitação da capela, que está a ser feita pela comunidade religiosa local e a Junta de Freguesia de A-dos-Negros.
Na votação, os vereadores socialistas, Ana Sousa e Paulo Gonçalves, votaram contra o apoio, por terem dúvidas acerca do orçamento e do prestador do serviço. Justificaram que “não é possível aferir da capacidade técnica do prestador de serviços indicado, nem sequer saber se está habilitado como restaurador de arte sacra” e questionaram sobre quem assume responsabilidades caso a tela seja danificada.
De acordo com o presidente da Câmara, Humberto Marques, foram solicitados quatro orçamentos para proceder trabalhos de conservação e restauro da obra de arte, com os técnicos a deslocar-se ao local para realizar uma análise preliminar e orçamentar a intervenção. Foi escolhido o técnico Amândio Costa por apresentar “uma proposta mais equilibrada no que diz respeito aos critérios preço/qualidade”, explicou.
O processo será acompanhado por técnicos municipais, que irão elaborar relatórios. No âmbito do trabalho realizado pelo Serviço de Gestão do Património Cultural, “será agendada uma apresentação pública da obra restaurada a justificar as opções de intervenção”, referiu.
O retábulo que retrata uma cena de Pentecostes data do século XVIII e, de acordo com os registos da Direcão-Geral do Património Cultural, poderá ter sido executado pelo pintor André Gonçalves

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