Requalificação de escola do Avenal leva a corte de árvores

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Chegaram recentemente à Gazeta das Caldas queixas relativamente ao corte de um pinheiro com quase 50 anos que se encontrava junto à escola básica do Avenal. A Câmara esclarece que tal se deve às obras de requalificação, um investimento superior a um milhão de euros que prevê a remodelação e ampliação dos edifícios existentes e a construção de um novo.

A construção de um novo edifício, que será o refeitório, foi o que levou à retirada das árvores. A vice-presidente garante que “a equipa projetista recebeu instruções e procurou que a implementação adequada das novas construções interferisse o menos possível com o arvoredo existente”, esclarecendo que se verificou “que um dos pinheiros existentes interferia com a implantação do novo refeitório a implantar ao longo da Rua José Rodrigues Girão, no canto sudeste do terreno, nomeadamente pela sua proximidade com a sapata de um dos pilares desta nova construção”.

O pinheiro condicionaria, ainda, a execução de uma entrada de serviço e acesso a cargas e descargas no novo refeitório, o que, realça a Câmara, é um requisito legal. Acresce que “a concretização das necessárias escavações também atingiria as raízes do pinheiro pondo em causa a sua estabilidade”.

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Maria João Domingos afirmou que “em face desta conflitualidade”, a Câmara viu-se forçada a proceder “à retirada da árvore, aguardando-se ainda condições para, em segurança, arrancar o cepo e raízes, dada a passagem de tubagem de gás da rede existente”.

A obra irá ainda obrigar à retirada de um cedro, mas a autarquia garante que “com a finalização do projeto e dos arranjos exteriores, serão implantadas novas árvores em acréscimo ao conjunto arbóreo da escola”.

A empreitada foi consignada em dezembro, “imediatamente após receção de visto do Tribunal de Contas ao contrato de execução, efetuado em junho”, informou a vice-presidente da Câmara, Maria João Domingos. Com esta empreitada “pretende-se a resolução de problemas de degradação construtiva e adequar este equipamento educativo às novas realidades socio educativas”. Nesse sentido, a intervenção contempla o melhoramento do conforto térmico e acústico do edificado, estando prevista a substituição de pavimentos, revestimentos e caixilharia.

“A instalação de painéis solares tem prevista a subida do nível de certificação energética do edifício”, explicou a autarca. O projeto inclui ainda a modernização e redimensionamento das instalações sanitárias e a concretização de novas acessibilidades. Por outro lado, “serão incrementados os meios de comunicação telefónicas e digitais e substituídos os recursos tecnológicos, equipamentos e mobiliário”.

A biblioteca irá manter-se e o atual espaço de refeitório será reconvertido para sala multifuncional de atividades e sala e gabinetes de trabalho da equipa docente e de atendimento familiar.

Nesta empreitada estão ainda previstas intervenções para eliminar patologias construtivas no edifício de educação pré-escolar, nomeadamente ao nível da cobertura, “promovendo-se igualmente melhoria de conforto térmico e das condições educativas das salas com pequenas alterações na compartimentação do interior”.

Prazo de execução de 270 dias

A obra tem um prazo de execução de 270 dias e a autarquia está “a acompanhar, muito atentamente, os trabalhos para garantir cumprimento dos prazos e o rápido regresso da atividade letiva.

Maria João Domingos realça que a Câmara “tem feito, como é do conhecimento público, uma grande aposta e investido muitos recursos na requalificação do Parque Escolar do concelho, de modo a proporcionar às nossas crianças e ao pessoal docente e não docente, as melhores condições de trabalho e conforto, fundamentais para o desenvolvimento de um processo educativo de qualidade e excelência”.

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