Relatório do grupo de trabalho ainda não foi entregue ao ministro

0
372

Depois de adiar a decisão para finais de abril, o ministério da Saúde aguarda a entrega de documento

O ministério da Saúde “espera receber o relatório do grupo de trabalho durante a primeira quinzena de maio, seguindo-se a decisão que os termos do relatório tornem mais aconselhável”. A resposta foi dada à Gazeta das Caldas pelo ministério, que não avança uma data para a tomada de decisão relativamente à localização proposta para a construção do novo hospital.

A tomada de decisão inicialmente estava prevista para o final de março, mas foi adiada por um mês para permitir a apreciação do parecer encomendado pela Câmara das Caldas. A falta de uma resposta por parte do ministério da Saúde já mereceu a crítica do PSD Área Oeste, que considera que o ministro Manuel Pizarro “não tem intenções de construir o CHO”. Em comunicado, Duarte Pacheco, presidente da Comissão Política Distrital da Área Oeste e vereador da Câmara de Torres Vedras acusa o governante de falhar o compromisso de divulgar a localização do novo Hospital do Oeste e adiar a resolução do problema dos cuidados de saúde dos oestinos. Para esta comissão política “é claro que o ministro mentiu aos oestinos e não tem qualquer intenção em construir o novo Centro Hospitalar do Oeste, um equipamento que é reclamado pelos 12 concelhos.

- publicidade -

Defesa da ferrovia
As associações ambientalistas Zero e Quercus defendem que o novo Hospital do Oeste deve situar-se junto à linha ferroviária. Num comunicado conjunto, emitido a 4 de maio, referem que “a construção de infraestruturas, que geram enormes volumes de tráfego, longe de eixos ferroviários ou dos sistemas de metro, contribui para o recurso generalizado ao transporte rodoviário, fortemente emissor ou consumidor de recursos escassos”, sobretudo automóveis. Alertam que o sector dos transportes é o que mais contribui para a emissão de gases com efeito de estufa e que, por outro lado, o transporte ferroviário desempenha um “papel insubstituível na estruturação da mobilidade sustentável”, devendo ser complementado pelo transporte rodoviário eletrificado e este pelos modos suaves.

As duas associações defendem que não considerar os desafios da mobilidade sustentável seria “mais uma oportunidade desperdiçada de conectar grandes equipamentos aos principais eixos de transporte ferroviário numa região densamente povoada”. Especificam que, em 2022, na autoestrada que serve a região, passaram em média 24.000 automóveis por dia, o que seria suficiente para justificar 2 a 3 frequências por hora num serviço cadenciado com comboios a cada 30 ou 20 minutos. “É essencial ter em conta na localização do Hospital do Oeste e de outras instalações de saúde desta dimensão a distância-tempo ótima com recurso ao transporte ferroviário da população que serve”, referem.

- publicidade -