
A partir de segunda-feira, 1 de Julho, entrará em vigor no território da OesteCIM o Programa de Apoio à Redução Tarifária para a Linha do Oeste, que fixa os preços dos passes para viagens dentro do mesmo município a 30 euros mensais e para viagens intermunicipais a 40 euros. Gazeta das Caldas fez as contas e as poupanças podem ultrapassar os 50 euros por mês para quem viaja entre as duas maiores cidades do Oeste (Caldas da Rainha e Torres Vedras), cujo passe custava até agora 96,75 euros e desce para 40.
A OesteCIM tem como extremos na linha férrea a Martingança (concelho de Alcobaça) a norte e Pêro Negro (concelho de Sobral Monte Agraço) a sul. Para estes destinos, os actuais passes custam, desde as Caldas da Rainha, respectivamente, 94,50 e 128 euros mensais. Gazeta das Caldas apurou que há clientes da CP que fazem estes percursos diariamente e que passarão a pagar apenas 40 euros.
Entre as Caldas e o Bombarral, os passes que hoje custam 50,10 euros mensais, passarão para 40, permitindo uma poupança de 10,10 euros, superior a 20%. E quanto maior for a distância percorrida, maior será a poupança.
Dentro do concelho caldense, a linha do Oeste só serve a estação das Caldas e o apeadeiro de Salir do Porto (Campo e Bouro foram desactivados há vários anos). De Salir para a cidade, o passe do comboio desce de 34,60 euros para 30 euros.
Há, contudo, destinos muito próximos das Caldas da Rainha que, embora pertencendo a outros concelhos, têm valores actuais mais baixos do que os 40 euros que o PART contempla para as ligações inter-municipais. Nestes casos, segundo fonte oficial da CP, os preços vão manter-se. As assinaturas mensais Caldas – Óbidos (34,60 euros), Caldas – S. Mamede (35,80) e Caldas – S. Martinho (38,80) ficarão, assim, inalteradas.
Além destas reduções dentro da comunidade intermunicipal, foi negociada uma redução de 30% nos passes das deslocações inter-regionais. Segundo a OesteCIM, cerca de 1200 utentes beneficiarão destas medidas.
Recorde-se que o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) já está em vigor, desde Abril, para os transportes rodoviários, com políticas de preços idênticas, ou seja, 30 euros para os passes municipais e 40 euros para os intermunicipais.
MAIS SUPRESSÕES
A CP apanhou o comboio do PART com quatro meses de atraso (e nesse período já perdeu alguns clientes que passaram para a rodovia) e no terreno continua a “perder” comboios todos os dias. Por falta de material circulante houve três supressões na passada segunda-feira, quatro na terça-feira e estavam previstas duas para quarta-feira.
Há dois anos que, em períodos mais ou menos longos, a CP tem vindo a suprimir comboios na Linha do Oeste. De pouco serve ter os passes mensais mais baratos se, depois, a empresa é incapaz de assegurar a sua oferta.
Gazeta das Caldas questionou a transportadora pública sobre que estratégia tinha para evitar a continuação de supressões na linha do Oeste, mas a empresa não respondeu.






























