Recusada a ampliação de pedreira de gesso da Avarela

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O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, deu parecer desfavorável à Declaração de Impacto Ambiental (DIA) da pedreira da Avarela, inviabilizando o seu processo de ampliação.

A pedreira de gesso é explorada pela empresa Sogerela, Comércio de Gesso, S.A., que já possui uma área licenciada de 15,2 hectares e que  pretendia  ampliar a exploração em mais 7,45 hectares, por se encontrar numa situação de pré-esgotamento das suas reservas.
O seu funcionamento tem sido contestado pelos moradores que vivem próximos da exploração, devido ao barulho, poeiras e danos nas habitações. Queixam-se que não podem abrir portas e janelas por causa do pó e que as suas casas se encontram com fendas devido aos rebentamentos na mina.
Os moradores já fizeram abaixo-assinados e denunciaram a situação na Assembleia Municipal de Óbidos, que criou uma comissão para acompanhamento deste problema. Também já receberam a visita de representantes de “Os Verdes”, que depois interpelaram o governo na Assembleia da República. Mais recentemente estiveram na Secretaria de Estado do Ambiente, em Lisboa, onde deixaram documentação que comprova os prejuízos que estão a sofrer pelo funcionamento da pedreira.
O presidente da Câmara, Humberto Marques, diz que este parecer desfavorável é uma “excelente notícia”, acrescentando que sempre se bateu pela defesa dos moradores.
“Queremos que o país crie riqueza, o que não pode ser é de forma avulsa, desconsiderando questões sociais e ambientais”, realçou.
Gazeta das Caldas contactou a empresa Sogerela, mas esta não se mostrou disponível para responder.

 

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