Reabertura da Praça da Fruta prevista para meados de Julho

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Este era o cenário da Praça da Fruta antes da pandemia

Câmara das Caldas prepara plano de contingência para permitir o retorno do mercado à Praça da República. Há unanimidade entre as forças políticas quanto ao regresso, mas também preocupações sobre a forma como os comerciantes devem voltar ao tabuleiro

O regresso da Praça da Fruta à Praça da República deverá ocorrer, o mais tardar, na primeira quinzena de Julho. A decisão colhe unanimidade no executivo municipal e nas forças políticas com assento na Assembleia Municipal, faltando, contudo, definir quais os moldes em que aquele mítico mercado ao ar livre voltará ao tabuleiro.
O vereador Pedro Raposo, que tem o pelouro da gestão dos mercados e feiras, explicou à Gazeta das Caldas que a Câmara está ciente da responsabilidade histórica que enfrenta. “Temos de regressar, mas temos de regressar com a noção de que a Praça da Fruta não pode voltar com as mesmas condições anteriores à covid”, nota o autarca.
Por se tratar de um “espaço urbano sensível”, a autarquia não equaciona vedar o tabuleiro, daí que esteja a “testar meios tecnológicos” que permitam calcular o número de pessoas que estarão na Praça, por forma a monitorizar a lotação e respeitar “o cumprimento das normas da DGS”.
Além disso, para Pedro Raposo, o regresso à Praça da República gera “oportunidades para melhorar o que no passado beliscava o funcionamento harmonioso da praça”, referindo-se, nomeadamente, aos toldos e à montagem das bancas. E está também a ser preparada nova sinalética. “Há uma coisa que todos temos de compreender. A Praça não vai regressar com a força que tinha, mas o que queremos é proporcionar uma praça mais confortável para os vendedores, com mais apoio e segurança, e para os clientes”, explica o vereador, admitindo que “também a Câmara” está algo “ansiosa pelo regresso” da Praça da Fruta ao local de origem.
“Instalámos provisoriamente a Praça na Expoeste e fizemo-lo com consciência de que a Praça regressaria, até pela importância que tem para o comércio local”, salienta o vereador do PSD.
Para o socialista Luís Patacho, não restam dúvidas: “O regresso à Praça é unânime no executivo. Entendemos que a Praça deve ser devolvida ao seu espaço original e dentro das melhores condições de segurança”. Porém, para o vereador, a Praça “deve ser requalificada”.
“Foi efectuada uma requalificação, mas deviam ter sido melhoradas as condições de venda, nomeadamente o tipo de bancas a colocar, além da criação de melhores sanitárias”, frisa.
Também para o PCP, a Praça da Fruta “deve continuar onde sempre esteve”, mas com melhores condições. “Defendemos que, em dias de chuva e frio, a praça podia recorrer a espaços alternativos, como a Praça do Peixe, e que, nesses dias, os vendedores não deviam pagar taxas. Alguma coisa tem de ser feita para melhorar as condições de quem lá está”, adverte Vítor Fernandes.
No entender de João Forsado, líder da Concelhia das Caldas do CDS/PP, a pandemia “obriga a autarquia a repensar não a Praça, mas em que moldes ela deve voltar”. “É preciso equacionar o estacionamento e questões sanitárias para os vendedores e público, tal como a situação quando o tempo não está de feição”, afirma o dirigente, que considera que a Câmara deveria “chamar as várias forças políticas” a discutir o assunto.
A Gazeta das Caldas procurou ouvir a deputada municipal do BE, Carla Jorge, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.

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