Rastreio visual abrange mais de mil crianças nas Caldas

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Identificar as letras num quadro, os objectos existentes numa folha cinzenta, ou comparar cores, são exercícios simples mas que permitem aos técnicos perceber como está a visão das crianças. O Rotary Club das Caldas da Rainha, em colaboração com a OptiCaldas, está a realizar um rastreio visual gratuito que pretende chegar a 1100 crianças que frequentam o ensino pré-escolar e primeiro ciclo no Agrupamento D. João II.

As crianças que frequentam o Centro Escolar de Nª Sra. do Pópulo, nas Caldas da Rainha, foram as primeiras a participar no rastreio visual, que começou na passada segunda-feira e que numa primeira fase irá estender-se ao longo do mês de Novembro, envolvendo também as escolas do Avenal e Encosta do Sol. Para Janeiro está previsto o arranque da segunda fase, com visita aos estabelecimentos de ensino do Coto, Salir de Matos e Lagoa Parceira. No total, o rastreio irá abranger cerca de 1100 crianças dos quatro aos 10 anos.
A iniciativa deverá ter continuidade nas outras escolas durante 2014.
A ortoptista Carla Vicente diz que “é crucial fazer o rastreio nestas idades”. Em declarações à Gazeta das Caldas, esta técnica conta que existem mais casos do que se possam pensar de crianças com dificuldades de visão. Muitas vezes as crianças vêem mal de um olho, mas ninguém nota o problema porque o outro olho compensa. No entanto, se a situação não for detectada a tempo e feita a terapêutica devida, o olho acaba por ficar cego.
O presidente do Rotary Club caldense, João Girão, dá um exemplo concreto do seu filho, em que foi a professora primária que detectou que este tinha problemas de visão.
Com esta iniciativa pretendem dar uma indicação aos pais se as crianças têm algum problema pois, como explicou, a falta de acuidade visual favorece a quebra de rendimento escolar. Após o rastreio é entregue um pequeno relatório a cada aluno, que depois fará chegar ao encarregado de educação com os dados.
João Girão realça que não existe qualquer interesse comercial por detrás desta iniciativa e que os pais, consoante o diagnóstico, depois poderão ir consultar o médico.
No próximo ano o Rotary Club caldense pretende dinamizar outro rastreio, desta vez à diabetes. Trata-se de um método preventivo, assente num inquérito desenvolvido por um elemento rotário de Santarém e que não necessita de uma amostra de sangue.

Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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