Rankings dos exames voltam a evidenciar bons resultados de escolas caldenses

0
619

notícias das CaldasForam conhecidos no passado fim-de-semana os rankings das escolas do país, baseados nos resultados dos exames realizados pelos alunos no final do ano lectivo 2010/2011. E mais uma vez as caldenses Escola Secundária de Raul Proença e o Colégio Rainha D. Leonor voltam a ocupar os lugares cimeiros das escolas do distrito de Leiria, relativamente aos exames do ensino secundário.
A Raul Proença volta mesmo a ser a melhor classificada no distrito, tanto no ranking do jornal Público (onde ocupa a 54ª posição na tabela de todas as escolas e a posição número 48 no ranking das escolas com 50 ou mais provas realizadas), como do Expresso (posição 59) e do Diário de Notícias (no 59º lugar).

Para o director da escola, José Pimpão, “é sobretudo importante que a escola mantenha uma média a rondar os 12 valores” desde que os resultados são publicados, com pequenas oscilações que atribui “ao grau de dificuldade dos exames, que não é sempre igual”.
O responsável pela escola acredita que os bons resultados são reflexo “do trabalho e empenho e de uma cultura da escola que tem a ver com um corpo docente que é, na sua maioria, do quadro e que está fortemente empenhado e dedicado à educação e à cultura dos alunos”. Sendo a Raul Proença uma escola vocacionada para o seguimento dos estudos, José Pimpão não descarta a importância dos rankings, mas salienta que “a aposta é na formação global dos alunos, não apenas orientada para os resultados”.
Os rankings permitem saber em que circunstâncias estão os alunos desta escola pública relativamente a outros alunos quando concorrem ao ensino superior. “Entre as escolas semelhantes à nossa, com um número de exames superior a 400 ou 500, também ocupamos os lugares cimeiros”, ressalva. José Pimpão diz que, além dos rankings, também o feedback que lhe chega por parte dos alunos que já estão no ensino superior dão conta da boa preparação dos alunos da Raul Proença, sobretudo “da vantagem da experiência em laboratório que levam daqui”.
Felicitando pais e encarregados de educação, alunos, professores, funcionário e até a própria cidade pelos bons resultados, o director lembra que “tudo se decide primeiro em casa e só depois na escola com o empenho de todos”. E encara estes mesmos bons resultados como “um contributo importante, porque se conseguirmos fazer das Caldas um ponto de excelência da educação, mais gente virá para a cidade e mais dinamismo haverá. Este é um papel que estamos a desempenhar bem”, conclui.

- publicidade -

Colégio Rainha D. Leonor também mantém boas posições

Num ranking liderado pelas escolas privadas, também o Colégio Rainha D. Leonor surge bem posicionado. Na tabela do Público está no lugar 88 na tabela de todas as escolas e no lugar 79 na listagem das escolas com 50 ou mais provas realizadas. Já na tabela do Expresso surge no lugar 81 e no Diário de Notícias é a 67ª escola da listagem.
Tânia Galeão, da direcção pedagógica do colégio, diz que “os resultados demonstram a consistência do trabalho realizado por professores e alunos, num ano lectivo extremamente conturbado para as escolas com contrato de associação”.
Ressalvando as diferenças entre as listagens dos diversos jornais, diz que a direcção pedagógica do colégio está “satisfeita pelos resultados obtidos, destacando pela positiva o facto de termos obtido claramente o 1º lugar do concelho nos exames nacionais do ensino básico”, o que, no entanto, não se reflecte em todos os jornais.
No ranking do Público, dedicado aos exames do ensino básico, a escola aparece no lugar 130 da listagem com todas as escolas, seguida da Raul Proença na posição 143, D. João II no lugar 262, Colégio frei Cristóvão no lugar 360, EBI de Santo Onofre no lugar 527, EBI de Santa Catarina na posição 674 e Bordalo Pinheiro no 959º lugar.
Por outro lado, e tendo em conta a listagem do Expresso, a primeira escola do concelho a surgir é a Raul Proença, no lugar 131. Segue-se o Colégio Rainha D. Leonor no lugar 144, Colégio Frei Cristóvão (222) e Escola Básica D. João II (223), EBI de Santo Onofre (560), EBI de Santa Catarina (661) Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro (999).

Bordalo Pinheiro usa rankings para reflexão mas salienta satisfação dos alunos

Voltando aos rankings do ensino secundário, que são os que mais tinta fazem correr, a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro está na posição 462 do Expresso, no lugar 547 da listagem com todas as escolas do Público, e no lugar número 416 da tabela do Diário de Notícias.
Para o director da escola, António Veiga, “cava vez os rankings têm menos valor nas escolas” e é preciso atentar no facto de que “as condições económicas e sócio-familiares dos alunos não permitem muito mais”. Reconhecendo que o fosso entre as escolas privadas e as escolas públicas reflectem o fosso cada vez maior entre as diferentes classes da sociedade, sendo que se assiste à extinção da classe média, António Veiga salienta que “quem vai para as escolas privadas são alunos de famílias com maior poder económico”.
O responsável pela escola admite, ainda assim, que os rankings são importantes para “reflexão interna”, mas defende que “o que devia ser avaliado é a satisfação dos alunos e das famílias”, e nessa matéria a escola tem bons feedbacks. “Queremos ser uma escola onde os alunos se sintam bem e isso temos conseguido. Infelizmente não conseguimos fazer deles melhores alunos”, lamenta.
Ainda que a Bordalo Pinheiro tenha mais cursos técnico-profissionais, António Veiga afirma que mais de 90% dos cerca de 70 alunos que este ano concorreram ao ensino superior foram colocados. “O nosso percurso tem sempre que ser melhorado, independentemente dos rankings”, instrumentos que, acredita, são sobrevalorizados num meio muito competitivo. “Mas é muito difícil competir numa sociedade que começa a estar muito descontente”, afirma.

 

- publicidade -