Os novos estúdios da rádio situam-se na Rua de Huíla e dispõem dos mais avançados recursos tecnológicos

Estação deixou Parque Tecnológico de Óbidos e instalou-se na cidade em Maio. Investimento superior a 100 mil euros em equipamento torna a rádio numa das mais avançadas do país em termos tecnológicos, com uma emissão totalmente digital. Responsáveis querem reforçar ligação à região e assumem um papel solidário, através da divulgação e organização de eventos e apoio a instituições

A rádio 91FM trocou, em Maio, o Parque Tecnológico de Óbidos por um novo espaço na Rua de Huíla nas Caldas, num investimento superior a 100 mil euros.
A aposta da estação passa por ganhar uma nova centralidade e estar “ainda mais próxima” dos ouvintes, explica o director-geral João Carlos Costa, que no passado já trouxe outras rádios da região para a cidade.
“Procurámos fazer um reforço do nosso lema, que diz que mais importante do que chegarmos longe é estarmos próximas das pessoas”, salienta aquele responsável, notando que a estação procura servir “todos os concelhos do Oeste” e que Caldas é “o epicentro de uma região que abarca Óbidos, Bombarral, Peniche, Cadaval, Lourinhã, Alcobaça e Nazaré”.
As novas instalações da 91FM permitem, ainda, uma diversificação da actividade da rádio. “Decidimos investir em instalações com várias valências. Temos um estúdio de rádio, um estúdio de televisão e outro espaço para os serviços multimédia e redacção”, salienta João Carlos Costa, para quem é “fundamental” que uma estação de rádio “seja capaz de estar presente em várias plataformas e servir vários públicos”.
O radialista e apresentador sublinha que, com esta estratégia, a rádio pretende “assumir-se cada vez mais como uma rádio local”.
“Fazemos um esforço enorme no sentido de apresentarmos mais conteúdos locais, sabendo que isso pode não servir as audiências, mas que isso nos permite prestar um melhor serviço à região em que estamos inseridos”, diz o homem que dirige uma equipa de 12 pessoas e que promete, para os próximos meses, “muitas novidades em termos de programação e conteúdos multimédia”.
“Vamos manter a nossa identidade, que passa por sermos uma rádio de referência em megahertz, mas vamos crescer on-line e ter conteúdos diferenciados da rádio e exclusivos para as redes sociais”, justifica.
As obras nos estúdios ainda estão em curso, porque a pandemia assim o obrigou, mas João Carlos Costa assegura que a rádio está “muito bem equipada” para agarrar os próximos desafios.
“Em termos tecnológicos, estamos na vanguarda do que de melhor existe no país. Da mesa de mistura aos microfones é tudo novo. E estamos a operar com tudo digital, o que não creio que aconteça com a esmagadora maioria das rádios locais”, observa o caldense, que dá um pequeno exemplo: “A evolução tecnológica tem sido inacreditável e o certo é que, hoje em dia, podemos fazer rádio a partir do telemóvel…”

PERCURSO

João Carlos Costa começou a trabalhar na rádio na Litoral Oeste “há quase 34 anos” e, desde então, nunca deixou esta “verdadeira paixão”. Já fez televisão, mas é a rádio que o motiva diariamente a ser “melhor pessoa”.
A pandemia “veio aproximar as pessoas da rádio” e o caldense diz que a 91FM esteve ao lado de quem precisava. “Estivemos com as pessoas que mais precisavam e também com instituições como a GNR ou a PSP, gravando spots de forma gratuita. Temos no nosso ADN a solidariedade”, assegura o animador, dando como exemplo as campanhas que a rádio protagoniza. “Organizamos colheitas de sangue e há três anos que somos a entidade que mais papel angaria para o Banco Alimentar para a Fome”, evoca.
E quanto a existirem duas rádios na cidade das Caldas? “Há obviamente mercado para uma rádio que trabalhe bem”, remata João Carlos Costa.

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