Quercus distingue 33 praias da região com qualidade de ouro

São 33 as praias oestinas que este ano viram a qualidade das suas águas balneares atestada pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza. Um número significativamente superior ao registado na época balnear de 2012, em que a Quercus identificou 26 praias do Oeste com Qualidade de Ouro.
No concelho de Alcobaça a associação ambientalista distingue as praias de Água de Madeiros, Légua, Pedra do Ouro, Polvoeira e São Martinho do Porto. Já nas Caldas da Rainha o galardão foi atribuído às duas praias da Foz do Arelho (Lagoa e Mar). O mesmo acontece com a praia do Bom Sucesso-Lagoa de Óbidos, no concelho vizinho.
Na Nazaré apenas a praia do Salgado vê a qualidade da sua água distinguida e na Lourinhã a Quercus salienta as praias de Areia Sul, Peralta, Porto Dinheiro e Valmitão.
No concelho de Peniche constam na lista as praias de Baleal-Campismo, Baleal-Norte, Baleal-Sul, Consolação, Cova da Alfarroba, Gamboa, Medão-Supertubos, Peniche de Cima e S. Bernardino.
Por fim, o concelho de Torres Vedras é aquele onde há mais praias com Qualidade de Ouro, num total de 11 zonas balneares distinguidas: Amanhã, Centro, Física, Mirante, Pisão (Santa Cruz), Azul, Formosa, Navio, Santa Helena, Santa Rita-Norte e Santa Rita-Sul.
Para obterem a classificação de Qualidade de Ouro, as praias devem obrigatoriamente ter registado uma qualidade da água “boa” nas épocas balneares de 2008 e 2009 (a melhor classificação possível na altura), e “excelente” nas épocas balneares de 2010 a 2012. É ainda necessário que todas as análises efectuadas na última época balnear tenham um resultado “excelente”.
A Quercus salienta que esta avaliação “é mais limitada em comparação com a atribuição da Bandeira Azul, ao basear-se apenas na qualidade da água das praias, apesar de mais exigente neste aspecto em específico”. Assim, a definição de Qualidade de Ouro apenas é atribuída a praias que, por apresentarem sistematicamente os melhores resultados nas análises efectuadas, “oferecem uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água”.
O aumento do número de praias oestinas que integram a lista da Quercus segue a tendência nacional de acréscimo de zonas balneares cuja qualidade da água é motivo de destaque por parte da Quercus, que baseia a sua avaliação na informação pública oficial disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Este ano foi atingido um novo record de praias distinguidas em todo o país, num total de 543. A associação ambiental identificou ainda quatro praias com qualidade má: São Roque (Madeira) e as praias fluviais de Pontilhão da Valeta (Arco de Valdevez), Fragas de S. Simão (Figueiró dos Vinhos) e Agroal (Ourém). Uma realidade que terá de mudar até à época balnear de 2015, que a legislação comunitária aponta como limite para a inexistência de quaisquer praias com qualidade má.
Há ainda 23 praias com uso limitado, devido a situações de risco associado à estabilidade das arribas. Entre estas estão a Praia d’El Rei e Rei do Cortiço (Óbidos), Valmitão e Peralta (Lourinhã), S. Bernardino (Peniche) e Formosa (Torres Vedras).

Época balnear a 15 de Junho nas praias caldenses

Com o início do mês de Junho arrancou a época balnear oficial em algumas das praias oestinas. É o caso de todas as praias do concelho de Peniche, da praia da Nazaré e das praias de Paredes da Vitória, Pedra do Ouro, Polvoeira e São Martinho do Porto, onde a época balnear se prolonga até 15 de Setembro.
A 15 de Junho é a vez da época balnear arrancar nas praias caldenses, tanto na zona da lagoa como na zona do mar da Foz do Arelho, e nas praias dos concelhos da Lourinhã e de Torres Vedras. Já nas praias de Óbidos o arranque só acontece a 30 de Junho. Em todos estes casos o fim da época está marcado para 15 de Setembro.
Mais curta é a época balnear das praias de Água de Madeiros e Légua (Alcobaça) e Salgado (Nazaré), com duração entre 1 de Julho e 31 de Agosto.
A duração da época oficial é publicada a cada ano em Diário da República e durante este período está garantida a vigilância nas praias, a disponibilização de equipamentos de apoio e a afixação de informação sobre a qualidade da água.

Joana Fialho
jfialho@gazetadascaldas.pt