Apenas metade das vagas a concurso foram preenchidas, ainda assim, a região supera a média de resposta na ARSLVT
O ACeS Oeste Norte vai integrar quatro novos médicos, dois dos quais nas Caldas, um em Óbidos e outro em Peniche. Este foi o resultado do último concurso que previa oito vagas para este agrupamento de centros de saúde, mas apenas metade foi preenchida. “É pouco, mas mesmo assim tivemos mais ocupação do que a média total da ARSLVT, que disponibilizou 211 vagas e só 95 delas é que foram preenchidas”, explica o diretor executivo do ACeS Oeste Norte, João Gomes.
Atualmente nas Caldas existem cerca de 40 mil utentes sem médico de família, um problema estrutural, mas que o ACeS está empenhado em contrariar. E isso faz-se com “medidas que possam, de alguma forma, cativar os futuros médicos de família que connosco trabalham, a fazer o internato e a especialidade, para depois cá ficarem”, explica o responsável, adiantando que recebem anualmente, em média, 15 futuros novos especialistas para formação. João Gomes tem trabalhado também junto dos municípios para que possam ser criadas as condições necessárias de ambiente, receptividade e envolvimento com as comunidades locais, de modo a motivá-los a permanecer na região.
Os dois novos médicos que vêm para as Caldas irão exercer funções na UCSP Pelicano Real e UCSP Caldas, ambas situadas no mesmo edifício, conhecido como o centro de saúde. Recentemente aposentaram-se dois médicos da USF Rainha D. Leonor, estando a direção do ACeS a fazer “esforços para que, muito em breve, possamos lá colocar outro médico, que está basicamente assegurado”.
As mudanças que estão previstas para o SNS irão levar também a uma alteração de estrutura nos agrupamentos dos centros de saúde. Esta rutura com o passado, traz “oportunidades mas também muita responsabilidade”, reconhece João Gomes. Nesse sentido, já estão a ser tomadas algumas medidas, por via de concursos do Plano de Recuperação e Resiliência e desencadeados pela ARSLVT, que permitirão uma diferenciação ao nível da oferta de cuidados nos próximos um a dois anos. No que diz respeito à oferta ao nível dos cuidados serviços primários e unidades de prestação de serviços verifica-se uma “heterogeneidade de norte a sul do ACeS, que é preciso tirar conclusões, porque o que queremos é: eficiência, qualidade e segurança”, salienta o responsável, que iniciou funções há pouco mais de um mês. ■






























