Quase 5000 codornizes vendidas em três dias no Landal

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Este ano cerca de 100 voluntários participaram na organização do certame | DR

Assadas, fritas, grelhadas, na alheira, ou na canja, em feijoada, em hamburgueres, nuggets ou em espetadas. No primeiro fim-de-semana do Festival da Codorniz do Landal, foram vendidas cerca de 5000 codornizes a perto de 4000 pessoas. Este é o primeiro certame que se realiza desde que o Landal conseguiu o epíteto de Capital da Codorniz e divide-se por dois fins-de-semana (continua de hoje a domingo).

Codornizes grelhadas, fritas, assadas, em espetadas, hamburgueres, nuggetes, alheira ou em feijoada e ovos de codorniz estrelados, cozidos ou usados no pudim. Estas são apenas algumas formas de cozinhar esta ave e os respectivos ovos que podem ser degustadas no festival da Codorniz do Landal, que ano após ano têm atraído milhares de pessoas àquela freguesia.

Além de coincidir com as férias de Verão e férias escolares, a mudança de data em 2016 (de Outubro para Julho) permitiu, pelo menos até agora, que não chovesse durante o certame, onde foi apresentada a mais recente criação da freguesia: o pão-de-ló de café.
No primeiro fim-de-semana do evento, foram vendidas, segundo a organização, cerca de 5000 codornizes a perto de 4000 pessoas. Para quem não gostava de codorniz, havia frango assado. E nem o facto de haver um corte de electricidade geral nas primeiras horas do certame impediu as associações de trabalhar, a música de tocar e as pessoas de comer.
Esta é a primeira edição do festival desde que o Landal conseguiu o epíteto de Capital da Codorniz. A sexta edição divide-se por dois fins-de-semana (continua de 8 a 10 de Julho), sendo que neste há liberdade para as associações criarem receitas de outras carnes e peixes.
De Rio Maior veio António Henriques, que todos os anos vem de propósito para o festival. “A codorniz é o que me traz cá já há vários anos, depois de comer é ir embora”, contou, antes de afirmar que este foi o ano que mais gostou. “As codornizes grelhadas estavam melhores que nos sítios onde comi noutros anos e os ovos estrelados e cozidos também estavam muito bons, tal como os doces”, disse.
No festival foi ainda apresentada a mais recente criação da freguesia, o Pão-de-Ló de Café, pelo Quarteto do Doce. “Foi hoje confeccionado pela primeira vez”, explicou Paulo Baltazar, director comercial da empresa, acrescentando que assenta na lógica de inovação que a empresa pretende seguir. “Começámos com a receita de pão-de-ló original de 1913, em 2002, para o primeiro Festival do Chocolate de Óbidos, criámos o de chocolate e agora o de café”, referiu.
Notando a existência de algumas variedades de sabores no mercado, procuraram “um conceito diferenciador que fosse de encontro aos hábitos dos portugueses”. É assim que surge a aposta no café.
António José Almeida, presidente da Junta do Landal, afirmou que as pessoas da freguesia têm procurado criar novas formas de cozinhar a codorniz e os ovos. “Estamos no bom caminho”, disse, notando ainda que, depois de conseguirem registar a marca Landal Capital da Codorniz, começaram a assinalar esse mesmo facto com placas informativas nas entradas da terra.
No Landal, onde se produz cerca de 50% das codornizes a nível nacional, existem sete famílias envolvidas no negócio e um matadouro.
Este ano participaram 100 voluntários. A Junta assegurou o pagamento da animação. Como decidiram juntar as tasquinhas, que eram em Maio, com o festival, que era em Outubro, e realizar um único evento em Julho, houve mais investimento, custando cerca de 10 mil euros.
Relativamente à mudança de data do festival, já depois do primeiro fim-de-semana, o presidente de Junta disse que por um lado é vantajoso, porque não choveu, por outro “no Verão, muita gente que vai para a praia”.
Na inauguração do certame, Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas, destacou “a envolvência das associações e a diversidade de pratos” e, tendo em conta que no ano anterior foram vendidas cerca de 6500 codornizes a três mil pessoas, o edil colocou a fasquia para esta sexta edição, nas 10 mil pessoas, contando que estas consumam mais de 10 mil codornizes

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