
“O que queremos em termos de estratégia de termalismo?” O vereador Luís Patacho (PS) quer ver esta pergunta respondida e apresentou um projeto de execução para o termalismo à Câmara
Defensor de um projeto mais moderno, que preveja um complexo termal, que junte a água termal e os tratamentos termais, em articulação com a praia, as águas da Pocinha de Salir do Porto, o Parque D. Carlos I e a Mata, o vereador do PS na Câmara das Caldas da Rainha, Luís Patacho, propôs ao executivo a elaboração e execução de um projeto de expansão do termalismo na cidade.
De acordo com o socialista, é ainda “determinante” criar-se um Programa de Apoio ao Termalismo, Saúde e Bem-Estar, que promova essa expansão e dinamização do termalismo, com uma forte componente de atratividade turística.
O projeto de expansão deve, igualmente, incluir um Centro de Investigação das Águas Termais e Demais Recursos Hidrológicos, que qualifique as Termas das Caldas da Rainha e apostar numa forte promoção e divulgação das termas caldenses.
Atualmente as termas encontram-se a funcionar apenas com inalações no Balneário Novo, estando a decorrer as obras na ala sul do primeiro andar do Hospital Termal com o objetivo de criar condições para se iniciarem os tratamentos musculoesqueléticos.
As infraestruturas das Termas das Caldas “têm o maior interesse histórico, cultural e até turístico, mas não acompanham nem têm condições de virem a acompanhar aquelas que são as atuais exigências de modernidade dos aquistas, incluindo uma visão mais abrangente do termalismo que inclui uma componente de lazer e de bem-estar”, considera Luís Miguel Patacho, que por várias vezes, acusou o anterior executivo PSD de colocar as termas a funcionar numa “versão minimalista”.
O vereador do PS considera que as atuais infraestruturas, por si só, são incapazes de potenciar a qualidade da oferta e o número desejável de aquistas que permitam um desenvolvimento sustentado do termalismo e alavancar a economia local.
O estudo de sustentabilidade económica do projeto termal que propõe deverá auxiliar, de acordo com Luís Patacho, na tomada de decisão sobre a localização, a tipologia e a capacidade de um novo balneário, que deverá integrar o complexo termal com o atual Balneário Novo e o Hospital Termal. Este último deverá manter, “um caráter preferencialmente histórico-cultural, de visitação e turístico”.
A proposta foi apresentada na sessão de câmara de 17 de janeiro e mereceu a concordância de todo o executivo. Porém, o vereador e anterior presidente da Câmara, Tinta Ferreira, disse não ver “grandes diferenças” entre a proposta agora defendida e o trabalho que vinha a ser executado pela maioria PSD. Considera que a autarquia ficar com a concessão do Hospital Termal e conseguir reativar o termalismo foi um “ato histórico” e que o investimento feito não pode ser “desvalorizado” e visto como um “ato minimalista”.

Pandemia desmotiva aquistas
Fernando Tinta Ferreira revelou, ainda, que estiveram em cima da mesa outras possibilidades para o futuro do termalismo caldense e que a solução adoptada foi a que teve “maior equilíbrio e consenso” e consequência de uma ampla discussão em Assembleia Municipal.
“A atividade tem de ser expandida e, não fosse a pandemia, teríamos um maior número de aquistas”, reconheceu o agora vereador na oposição, que vê com bons olhos a transposição para um documento “do caminho que estava a ser seguido” assim como a abertura à investigação.
Para o presidente da Câmara, Vítor Marques, esta proposta constitui uma “boa iniciativa” para preparar o caminho a trilhar para o futuro. “Somos uma cidade termal e não podemos abdicar disso. Há que tirar partido dessa história”, disse o autarca, acrescentando que o atual executivo municipal tem vindo a dar continuidade ao que foi projetado pelo anterior.
O líder do movimento Vamos Mudar admite que terá de haver investimentos, mas calculados, no termalismo e avança que o plano a concretizar terá de “ser discutido com todos”.
Entretanto, na próxima segunda-feira o executivo irá fazer uma visita às obras do Hospital Termal, seguida da sessão de Câmara no local. Será também discutido como será feito o recrutamento de pessoal para a área de tratamentos musculoesqueléticos, que deverá abrir ainda durante o primeiro semestre deste ano.






























