Promover a imagem da Praça da Fruta

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A autarquia quer apostar na promoção da imagem deste ex-líbris caldense e dinamizar o espaço promovendo novos usos. Não põe de parte a criação de uma cobertura, mas que deverá ser uma “obra de arte”

Manter a Praça da Fruta como um “ícone de atratividade para as Caldas, não só interna como externamente”, é o objetivo da autarquia caldense. De acordo com o presidente, Vítor Marques, o mercado de ar livre continua a ser atrativo para as pessoas da região e turistas, mas também para os vendedores, sobretudo entre sexta-feira e domingo. A prova disso mesmo, salienta, foi o arremate, em hasta pública, da totalidade dos lugares (cerca de uma centena) disponíveis na praça, por parte dos comerciantes.
No entanto, resultado da mudança dos hábitos de vida, do horário de funcionamento, falta de estacionamento na proximidade e da oferta no mercado, muito por conta das 14 unidades comerciais de média e grande dimensão existentes na cidade e mercearias, a Praça da Fruta tem perdido o vigor de outrora sobretudo durante os dias de semana. Para tentar aumentar a sua atratividade, a Câmara das Caldas pretende apostar na promoção da imagem da Praça da Fruta, através de ações de comunicação e divulgação junto de operadores turísticos e dos media.
Previstas estão também algumas ações de merchandising, como a entrega de sacos reutilizáveis, promocionais e aventais. “O material está feito e deverá ser posto à disposição ainda este mês”, disse o presidente da Câmara, acrescentando que também a restauração poderá ter alguns apontamentos relativos à praça, permitindo aos turistas perceberem que existe uma ligação com os produtos do mercado local.
Outro dos objetivos para dinamizar o espaço, passa por dar-lhe outros usos, sobretudo a nível cultural, como já tem acontecido com o Bazar à Noite, e animação. Após o período em que funciona o mercado, o tabuleiro poderá também acolher esplanadas, “dando mais vida àquela zona da cidade”.
No âmbito do masterplan do termalismo, está a ser feito um estudo da circulação e acessos principalmente no centro histórico, e que, “com utilização das ruas de uma forma diferente, poderá também vir a potenciar a zona da praça”, explica o autarca.
Já no final do ano passado foram substituídas as lonas e foi realizado concurso para a equipa de montagem das bancas, com a autarquia a continuar a assumir os custos.
Uma cobertura para o mercado
Discussão já longa, a necessidade de uma cobertura para a praça, garantindo melhores condições aos vendedores e clientes, é também uma possibilidade que está a ser estudada pela autarquia. “Estamos a falar de uma estrutura que não deverá fechar o espaço e, por outro lado, ser uma peça de design e arquitetura que possa, também por si, assumir-se como mais um ícone de referência e atrair visitas ao município”, refere Vítor Marques à Gazeta das Caldas. Já foram feitas abordagens, nomeadamente à Direção Geral do Património Cultural (DGPC), que “continua a mostrar-se muito renitente a que aquela praça possa vir a ter uma cobertura”, explicou, acrescentando que, após uma abordagem “depois não concretizada” a um arquiteto nacional, de renome, a Câmara pondera voltar a pedir propostas.
Em cima da mesa está também a possibilidade de abrir um concurso de ideias para a mesma estrutura. ■

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