Projecto gastronómico “Raízes” estende-se aos sabores europeus

0
786
Gazeta das Caldas
A cozinha francesa inspirou a ementa do último almoço

O restaurante pedagógico da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) deu este ano lectivo continuidade ao projecto “Raízes”. Mas se em 2016 os alunos de Técnicas de Cozinha e Pastelaria e de Serviço de Restauração e Bebidas foram incentivados a criar ementas inspiradas nos sabores do Oeste, este ano o desafio é maior. O objectivo é agora planear pratos com sabores típicos de alguns países europeus, numa selecção que foi feita pelos alunos logo no início das aulas.

França, claro está, foi um dos primeiros países a ser escolhido. “A sua gastronomia é das mais entusiasmantes por causa da nouvelle cuisine”, explicou o chefe Luís Tarenta, que coordena este projecto e, curiosamente, também fez formação em França. A nouvelle cuisine foi um movimento que revolucionou os restaurantes nos anos 70 e que consiste numa forma de cozinhar caracterizada pela delicadeza dos pratos, cuja apresentação passou a contar muito.
Os alunos Francisco Andrade, Luís Ramiro, João Ramos e Miguel Leal foram os responsável pela ementa francesa, degustada no dia 26 de Outubro na EHTO. Optaram por sopa de cebola para entrada, linguado à moleiro para prato de peixe, peito de pato com legumes para prato de carne e Paris-Brest para sobremesa.
Mas não só os pratos transportavam os presentes para França. Também o ambiente da sala, com música francesa e uma decoração em que saltavam à vista as cores da bandeira (azul, branco e vermelho), contribuíram para completar a viagem. Nas mesas havia ainda um mapa de França, que serviu de apoio aos alunos encarregues pelo serviço para que contextualizassem as origens dos pratos. Sabia, por exemplo, que o Paris-Brest, clássico da confeitaria francesa, tem este nome e um formato redondo (semelhante ao de uma roda) em homenagem à corrida de bicicletas que ia de Paris a Brest entre 1891 e 1951? Ou que durante muito tempo o magret (peito) de pato era apenas cozido lentamente e conservado na sua própria gordura, mas que os donos de um restaurante em Bordeaux descobriram que podiam também prepará-lo grelhando a sua pele e depois cozinhando o outro lado da carne nesta gordura? Estas e outras curiosidades foram explicadas pelos 10 alunos que constituíram a equipa de serviço do restaurante.
“Cada prato é uma história e cada almoço é o resultado final de um trabalho de pesquisa sobre os produtos típicos de cada região, que é feita pelos alunos”, realçou Luís Tarenta.

- publicidade -

M.B.R.

- publicidade -