A hasta pública para venda dos lugares na Praça da Fruta estava marcada para as 16h30 de quarta-feira (18 de Junho), mas ao início da tarde já os vendedores se começavam a aglomerar junto à porta da Expoeste. A expectativa do que se iria passar, o número de lugares disponíveis e a sua nova disposição, originava algum nervosismo, que se foi dissipando com as explicações do vereador Hugo Oliveira. Os vendedores foram também convidados a percorrer o tabuleiro da praça, simulado no centro de exposições, e verem a disposição dos lugares. Pelas 17h00 começou a hasta pública, que se viria a prolongar até às 23h00.
Os dois primeiros lugares foram arrematados pelo valor base da licitação (33 euros), mas o terceiro chegou aos 400 euros, resultado de várias licitações. O mesmo veio a acontecer com outros lugares, sendo que o valor mais alto dado por um lugar de nove metros quadrados foi de 1.050 euros. Os 120 lotes (38 lotes de 1,5 por três metros e 82 lotes de três por três metros) acabaram por ser todos vendidos à primeira volta e revelaram-se poucos face à procura. Agora, quem adquiriu os lotes pagará mensalmente 15 ou 30 euros consoante o tamanho do espaço. Ao final da noite foram também licitados os lugares para três roulottes (duas para venda de pão e uma de enchidos), em que a base de licitação era de 30 euros. No entanto, uma delas foi arrematada por 3.950 euros. Com esta hasta pública a Câmara arrecadou cerca de 20 mil euros.
O vereador Hugo Oliveira fez notar que o valor alcançado não era o mais importante para a autarquia, uma vez que os preços praticados na hasta pública são mais baixos do que os que existiam anteriormente. “Os vendedores pagam um valor mais baixo pelo lugar do que era praticado antes por metro quadrado”, revelou, acrescentando que foi um compromisso que sempre tiveram, pois querem “incentivar as pessoas a vender na praça, que é um ex- -libris das Caldas”. Hugo Oliveira justifica que não foram reservados lugares para as pessoas que ali vendem ao dia porque “não fazia sentido escolher uma zona específica e era injusto para quem está a licitar”. O autarca acrescentou que há pessoas que arremataram lotes e que não irão vender todos os dias, pelo que o lugar estará disponível para ser vendido ao dia, por 1,5 euros ou 3 euros, consoante o tamanho do lugar.
Os vendedores que arremataram lotes têm direito à banca e ao toldo, que transportam consigo, enquanto que os vendedores ao dia vão buscar uma banca ao espaço de apoio à praça. Passam também a ter instalações sanitárias disponíveis no Espaço Turismo, além das já existentes numa das ruas próximas da praça. De acordo com Hugo Oliveira, todas as alterações para o funcionamento da praça estão a ser feitas em conjunto com os vendedores. Um exemplo disso é a adaptação que tem vindo a ser feita aos toldos das bancas que agora terão um mecanismo de enrolar, uma vez que sendo dobrado corria o risco de quebrar devido à exposição ao sol. “Estamos também a encetar contactos para que os vendedores possam ter formação na área da higiene e apresentação dos produtos”, disse, acrescentando que tal vem responder a uma necessidade manifestada pelos próprios vendedores que estão empenhados em cumprir a legislação em vigor.
Os toldos vão ter cores diferentes consoante o tipo de produto para venda e haverá uma placa identificativa das cores e do horário da praça. As propostas para exploração do quiosque, situado na parte sul do tabuleiro da praça, deverão ser abertas esta semana.
O processo será dividido em duas fases: uma consiste na apresentação de uma carta fechada com o projecto e outra com o valor. “Nós escolhemos as melhores propostas e, entre estas, depois decidimos os valores”, disse o autarca, explicando que o quiosque poderá funcionar de manhã sem esplanada e à tarde e noite já com esplanada. Também nesta situação existe a preocupação de instalações sanitárias, pelo que a Câmara prevê arranjar um módulo móvel para colocar junto a este novo equipamento.
Fátima Ferreira
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