Procissão em honra da padroeira da Foz do Arelho… de carro

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A procissão em honra de Nossa Senhora da Conceição foi este ano diferente, porque devido à pandemia de covid-19 a imagem passou pelas ruas numa carrinha, sendo recebida pela população

Na solarenga tarde do passado domingo, 23 de Agosto, junto à Igreja da Foz do Arelho, ultimam-se os preparativos para a saída do andor com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, numa carrinha de caixa aberta, para a procissão.
A tradição foi alterada, mas manteve-se. Depois do carro da Guarda Nacional Republicana que lidera a comitiva e assinala a passagem da procissão, segue uma carrinha conduzida pelo presidente de Junta de Freguesia local, Fernando Sousa, que vem antes de um carro onde segue o padre Eduardo Gonçalves, que do interior fala para um sistema de som que amplifica as suas palavras e permite que a mensagem chegue à população.
Os fozenses esperam-nos às janelas e portas das casas (algumas enfeitadas para a ocasião) e benzem-se ao ver passar a imagem.
O andor percorreu as ruas do centro da vila, passando, por exemplo, pelas ruas Direita, da Serração e Almeida Grandela, mas também pelas rotundas das escolas e da Viola, pelo lar e pelo largo do arraial, entre outros pontos.

MORADORES ENFEITARAM CASAS E RECEBERAM IMAGEM

Logo depois do largo do arraial, entre a Rua Funda e a Rua dos Cantos, encontramos a senhora Vitória Pereira, de 90 anos, acompanhada pela filha e pelo genro, Olga e Euclides Bento. Estão sentados nuns pequenos bancos que trouxeram de casa para estar mais confortável enquanto aguardam a passagem da procissão.
Estes moradores da Foz do Arelho, que costumam participar nestas cerimónias religiosas, fizeram questão de sair de casa – que fica ali perto – para ver passar a imagem da padroeira da terra, Nossa Senhora da Conceição.
Já depois de terem visto passar a imagem dizem à Gazeta das Caldas que apreciaram a iniciativa. “É o possível… Nós gostámos de ver passar a Santa, mas sentimos falta da procissão a pé”, contaram.
“E achamos que não fazia mal nenhum realizar-se a procissão, desde que fosse mantida a distância necessária e adoptadas todas as regras de segurança, com as pessoas todas com máscara”, afirmam.
Este ano teve uma particularidade. É que “a procissão não costuma passar aqui nesta rua, mas como desta vez foi de carro, passou!”, disseram.

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