Autarca, tesoureiros e antiga secretária são acusados de peculato. Julgamento prosseguirá a 11 de maio
Começou, a 13 de abril, o julgamento da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, no Tribunal Judicial de Leiria. Foram ouvidos os arguidos Fernando Sousa, os antigos tesoureiros Luís Vila Verde, Jorge Rafael Constantino e José António Ferreira. Segundo fonte próxima, não foi ouvida a ex-secretária Maria dos Anjos Sequeira que também está a ser julgada pelo crime de peculato e esta “poderá ser interpelada em qualquer altura do julgamento”. Os arguidos, alegadamente apropriaram-se, para proveito próprio ou de terceiros, de 195 mil euros da freguesia da Foz do Arelho. Em notícia da Gazeta (de junho de 2022) conta-se que já havia indícios de “fraudes contabilísticas, crimes tributários, apropriação indevida de dinheiros e uso de dinheiros públicos para fins particulares”. Foram retratados, em 2017, numa auditoria que indicava um desvio de cerca de 193 mil euros na Junta de Freguesia. A mesma fonte contou à Gazeta das Caldas que o presidente da Junta, Fernando Sousa, demorou hora e meia no seu depoimento e alegou que não tinha beneficiado do dinheiro da Junta de Freguesia em proveito próprio. Entre muitas outras justificações, afirmou em Tribunal, que desconhecia o facto de ter que levar à assembleia de freguesia que iria passar a auferir de salário a meio tempo, quando só tinha direito a receber subsídio de compensação.
Durante o julgamento ainda referiu que o dinheiro gasto em bebidas alcoólicas se justificava com “festas organizadas pela Junta” e que as compras de fraldas estão relacionadas “com apoio social que foi dado a pessoas carenciadas da Foz”, informou a fonte. Os antigos tesoureiros da Junta de Freguesia afirmaram em tribunal que não usaram o dinheiro da junta “em proveito pessoal”, mas todos admitiram que “passaram cheques em branco”. O julgamento continuará a 11 de maio, onde serão ouvidas as testemunhas.■































