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Em inícios dos anos 80 do século passado a Gazeta das Caldas foi, em Portugal, interlocutora de um movimento internacional que lançou uma petição para um mundo liberto de armas nucleares, na sequência da contestação à central nuclear que poucos anos antes se queria construir em Ferrel. Quase quatro décadas depois o movimento que daí resultou – a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares – recebeu o Prémio Nobel da Paz de 2017.
Esta ONG reúne organizações não governamentais de cerca de 100 países e foi premiada, de acordo com o comité, pelo seu trabalho na chamada de atenção para as consequências catastróficas do uso de armas nucleares e os seus esforços para chegar a um tratado que proíba esse tipo de armas. A escolha foi feita entre 318 candidaturas, sendo 215 individuais e 103 de organizações.
De acordo com o comité, “o prémio da Paz deste ano é também um apelo para que estes Estados iniciem negociações sérias destinadas à eliminação gradual, equilibrada e cuidadosamente supervisionadas das quase 15.000 armas nucleares que existem no mundo”.
