Flora Ribeiro, reformada (Caldas da Rainha) | I.V.
Dantes abastecia-me no Mercado de Peixe para a minha casa – para mim e para o meu marido – e ainda mandava para a minha filha que na altura morava em Lisboa. Agora passei a adquirir o peixe nos supermercados, apesar de passar lá perto várias vezes… até porque costumo fazer compras nas lojas do comércio tradicional.
Manuel Nunes, torneiro de madeiras (Caldas da Rainha) | I.V.
Deixei de ir ao mercado por comodismo e por pura “preguicite”… Não sei… parece que não me dá jeito ir às compras naquela zona da cidade. Não é pelo preço, pois não sei quanto custa o peixe lá. Passei foi a comprar o que preciso nas pequenas e médias superfícies comerciais. Sei quando há peixe fresco e vou lá buscar, só para mim e para o meu marido. Habituei-me e é assim que faço.
Elsa Severino, funcionária de grande superfície (Caldas da Rainha) | I.V.
Acho que as pessoas desabituaram-se e concentram-se nas superfícies comerciais, onde compram tudo de uma vez e onde o peixe também vem das lotas e é super fresco. E acho que houve uma diminuição dos comerciantes e isso fez com que as pessoas se desabituassem de lá ir. Mas também contra mim falo pois não procuro e não tenho o hábito de ir lá comprar, até pensava que já não existia.
Mas acho estranho, uma vez que o mercado da fruta tem tanta procura, principalmente ao sábado, não sei porque é que as pessoas não procuram o Mercado do Peixe. Quem vem de fora se calhar não sabe onde está ou que existe.
Dependendo da forma como fizessem, podia fazer sentido juntar a fruta e os legumes com o peixe.
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