Susana Sousa, escriturária (Caldas da Rainha) | B.R.
Talvez a taxa de desemprego tenha descido a nível nacional porque houve muita gente a emigrar, a ir para fora em busca de outras alternativas. É verdade que não conheço muita gente que actualmente esteja desempregada, mas muitos também têm emprego porque saíram das Caldas e foram para outras cidades com mais oportunidades de trabalho. A meu ver, as Caldas é limitada ao nível das ofertas de emprego e um exemplo disso é a Zona Industrial que está subaproveitada e não tem assim tantas empresas a empregar tanta gente.
Agora não sei se estamos a sair da crise ou sequer o que é que os portugueses sentem. Sei que somos um povo optimista que está quase sempre bem disposto e às vezes até se ri da sua própria miséria.
Júlio Rebelo, funcionário público (Caldas da Rainha) | B.R.
- publicidade -
Temos que saber olhar para as estatísticas. Os números têm em conta o total de desempregados ou apenas as pessoas que estão inscritas no fundo de desemprego? É que há muita gente que está desempregada, mas não está inscrita. Além disso há outro factor a ter em conta: é que estamos no Verão e com os empregos sazonais também é normal que o desemprego diminua. Pelas informações que eu tenho, o desemprego não baixou e se o governo não facilitar mais a vida às empresas, estas não terão assim tantas condições para empregar mais pessoas.
Possivelmente poderemos estar a sair da crise, mas não acredito que vá ser tão rápido assim. O país ainda se está a adaptar à Geringonça.
Lurdes Barros, desempregada (Caldas da Rainha) | B.R.
Na minha opinião as estatísticas não reflectem a realidade. Muita gente está desempregada, mas não está inscrita no Centro de Emprego, o que faz com que se pense que o desemprego está a decrescer mas não está. Também conheço pessoas que não estão a trabalhar porque não encontram oferta na região e eu sou uma delas. Estou há um ano e meio desempregada e fui hoje inscrever-me no Centro de Emprego.
A própria Câmara das Caldas deveria fazer mais pela cidade, pensar em estratégias que trouxessem mais actividade e movimento, talvez assim também houvesse mais emprego. É que actualmente a cidade está morta e há pouco turismo.
Mas ainda é cedo para dizer que estamos a sair da crise até porque no dia-a-dia ouço pessoas que têm negócios queixarem-se que não vendem.