Como foi possível um acidente dentro da malha urbana da cidade resultante de um despiste de uma viatura provocar uma morte e dois feridos graves noutro veículo?
Como combater a falta de consciência de condutores que transformam as ruas em verdadeiros autódromos?
Num tempo que se incentiva cada vez mais a utilização de meios de transporte leves e sustentáveis, ou seja, sem utilização de energia fóssil, como é possível defendê-los dos autênticos bólides a circular nas mesmas vias?
As circulares nas Caldas da Rainha, desempenhando um papel importante no desanuviamento da circulação automóvel, são contudo muitas vezes autênticas ratoeiras para quem se desloca em veículos mais frágeis ou em meios leves, como bicicletas ou pequenas motorizadas de transporte urbano.
E da parte das entidades públicas não há os mínimos sinais de prevenção para estes problemas, para além da colocação de alguns sinais de trânsito anunciando passagens de peões ou as ocasionais operações de caça à multa com radar escondido.
No mundo civilizado há formas preventivas que evitam de forma inteligente a possibilidade de haver acidentes deste tipo por incúria ou distracção (ou mesmo falha mecânica), mesmo considerando a impossibilidade de reduzir os acidentes à taxa zero. No entanto, torna-se menos provável a ocorrência de acidentes em locais como o do passado sábado junto ao CENCAL, se forem respeitados os limites de velocidade, pois a velocidade excessiva de um automóvel pode ceifar outro por despiste e ter consequências trágicas para quem circula despreocupadamente na faixa contrária.
Provavelmente as circulares caldenses mereceriam divisórias metálicas que defendessem os condutores das vias contrárias, já que a utilização de lombas (como são utilizadas nalguns sítios) são uma forte contrariedade para quem percorre aquelas vias. Mas muitas vezes salvam vidas.
Certamente que, com o incremento da circulação na cidade de veículos leves, talvez fosse de criar a interdição a certas horas do dia, ou permanentemente, para a circulação na via da direita a veículos mais potentes deixando-a para transportes públicos ou bicicletas, motos e veículos eléctricos, por exemplo.
O acidente que ocorreu no passado sábado deve merecer uma reflexão de todos, que podem ser as vítimas potenciais de um novo acidente do mesmo tipo.
Como foi possível? Época de Natal mais triste para uma família residente nas Caldas
- publicidade -






























