A Escola Superior de Biotecnologia nas Caldas da Rainha vai encerrar as portas em Dezembro, altura em que os cinco funcionários ali destacados deixarão de colaborar com aquele pólo, que funciona desde 1999. Os cinco alunos ainda em formação estão já na Escola Superior de Biotecnologia no Porto, concentrando-se assim toda a sua actividade num mesmo local.
A Universidade Católica Portuguesa “considerou que o seu tempo de intervenção naquela região estava terminado, tendo-se verificado que não fazia sentido manter aberto um leque de formações que já estavam suficientemente garantidas na região envolvente”, explica Isabel Vasconcelos, directora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto, à Gazeta das Caldas.
A mesma responsável destaca que entre 1999 e 2011 a oferta de ensino superior estatal na região expandiu-se muito, o que veio a retirar potenciais alunos deste pólo.
Os jovens que ainda se encontram em formação foram transferidos para a escola do Porto e, de acordo com Isabel Vasconcelos, “serão apoiados na sua vinda para esta sua casa”. A responsável garante ainda que a integração com o Laboratório Associado do Estado, CBQF – Centro de Biotecnologia e Química Fina, e a dinâmica de uma “escola em franca actividade será certamente um factor muito positivo para estes jovens”.
A ideia de criar a Extensão da Universidade Católica nas Caldas, surgiu de uma conversa, em 1992, entre o cónego José Guerra e D. José Policarpo, o actual Patriarca de Lisboa, que na altura era reitor da Universidade Católica. Para tal, foi criada a Associação de Estudos do Oeste Ramalho Ortigão (AEORO) que é a responsável pela remodelação das instalações e pelas compras necessárias ao seu funcionamento. Desta associação fizeram parte a autarquia caldense, a Igreja e a Universidade Católica.
As obras de reconstrução e ampliação do edifício custaram cerca de 1,5 milhões de euros, assegurados pela Comissão Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo, Associação de Estudos Ramalho Ortigão, a autarquia, a paróquia e o Patriarcado de Lisboa (que é o proprietário do externato).
A extensão caldense abriu em 1999, com a licenciatura em Engenharia de Produção Biológica. No ano lectivo 2002/2003, aumentou a sua oferta formativa com a licenciatura em Microbiologia. Quatro anos depois os cursos foram reformulados e adaptados a Bolonha, restando apenas uma licenciatura em Biociências com especialização em Microbiologia.
Gazeta das Caldas contactou o Patriarcado de Lisboa para saber qual o destino a dar ao edifício caldense, mas não havia de momento ninguém disponível para prestar essa informação.






























