Plátanos do Parque transformam-se em obras de arte

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Gazeta das Caldas
Guilherme Silva junto à peça escultórica feita a partir de um dos plátanos cortados por estar oco |Fátima Ferreira

Os 10 plátanos arrancados no Parque D. Carlos I já foram substituídos por novas árvores no passado dia 22 de Junho. Entre eles há um que, para além valor botânico, possui valor artístico. A árvore está integrada numa escultura criada por Guilherme Silva, aluno que está a finalizar o mestrado em Artes Plásticas na ESAD e que está a desenvolver projectos artísticos com os troncos das árvores arrancadas.

A peça chama-se “Plátano Mãe” e pretende ser uma homenagem às antigas árvores que, desta forma “continuam a habitar o Parque até ao seu fim de vida”, disse o autor à Gazeta das Caldas.
Guilherme Silva supervisionou o corte das velhas árvores, algumas centenárias e retiradas por motivos de segurança, e está a trabalhar com outros artistas num projecto mais completo sobre “esta matéria prima especial”, que junta as áreas da escultura e vídeo projecção, e que pretende apresentar à autarquia.
A restante madeira resultante das árvores arrancadas foi levada para as oficinas da Câmara, em S. Cristóvão, e depois será feito um concurso para a sua venda.
A Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, está ainda a avaliar a possibilidade junto da ESAD de, durante os meses de Verão, haver alunos a trabalhar a madeira ao vivo no Parque.
O presidente da Junta, Vítor Marques, responsável pelo Parque e Mata, explicou à Gazeta das Caldas que foram arrancados 11 plátanos e uma faia. “Todas as árvores que foram abatidas estavam ocas. O estado delas era irreversível, tendo em conta a segurança das pessoas e bens”, disse.
No entanto, dois dos plátanos não serão replantados por se encontrarem numa zona de mobilidade. Já em relação à faia, será substituída por outras duas, para voltar ao traçado original, mas só depois do solo ser descontaminado.
Esta intervenção foi feita tendo por base o relatório do Instituto Superior de Agronomia e depois do aval da Direcção Geral do Património e Cultura.

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