Plataforma digital procura dar resposta a alunos do profissional em Óbidos

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O diretor adjunto, Miguel Ferreira, o diretor José Santos, e o aluno finalista Marcelo Oliveira, destacam as mais valias da ferramenta digital

Agrupamento de Óbidos aposta na prática simulada, com a plataforma Dream Shaper, como resposta aos constrangimentos provocados pela pandemia, que impede estágios em contexto real

Marcelo Oliveira, de 18 anos e aluno do 12º ano do curso técnico de Apoio à Gestão Desportiva consegue terminar a sua formação a tempo de se inscrever no ensino superior graças à utilização da plataforma Dream Shaper. Esta ferramenta digital permitiu-lhe fazer a componente de formação em contexto de trabalho através de prática simulada.
O jovem fez um projeto para a criação de um surf center, desenvolvendo passo a passo todas as etapas necessárias, com a ajuda dos professores e orientadores. “Existe uma boa comunicação dentro da plataforma”, explica o aluno, acrescentando que esta também é muito intuitiva.
O diretor do agrupamento, José Santos, reconhece que esta ferramenta não substitui a experiência de estar no local de estágio, mas em tempos de pandemia afigura-se como a solução ideal para estes alunos. No ano passado, os alunos do 12º ano dos cursos profissionais aderiram a esta solução e este ano a escola está a avançar com o 11º e 12º anos na plataforma, como prática simulada em alternativa aos estágios. Ao todo, perto de meia centena de alunos do ensino profissional utilizam esta ferramenta.
A parceria entre o agrupamento de Óbidos e a empresa portuguesa de tecnologia e educação teve início durante o ano letivo de 2019/2020, tendo sido o pioneiro na utilização da plataforma em território nacional. Começou pelo ensino profissional e este ano letivo já alargou para o ensino regular.

“A Dream Shape é uma ferramenta importante no âmbito da flexibilidade curricular ao longo de todos os ciclos”

José Santos, diretor do agrupamento

José Santos considera tratar-se de uma ferramenta “motivadora, que permite trabalhar o lado de projeto e descentralizar as práticas, ou seja, o aluno pode trabalhar em qualquer suporte digital e espaço”, explica, acrescentando que vai de encontro ao projeto da flexibilidade escolar.
Está aberta a todo o ensino regular e será uma ferramenta importante no âmbito da flexibilidade curricular ao longo de todos os ciclos”, conta o responsável, adiantando que, nos últimos tempos, têm recebido muitos contactos de escolas a pedir informações da plataforma, tendo em conta a pandemia.
Miguel Ferreira, adjunto do diretor, destaca a importância desta ferramenta poder ser usada logo pelos alunos desde tenra idade e que lhes permite perceber que “as disciplinas não são estanques”.
Já Margarida Abreu Coutinho, responsável de parcerias e operação em Portugal, da Dream Shaper, refere a sua utilização na realização de projetos de uma unidade curricular, de cidadania ou até projetos interdisciplinares, em alinhamento com a lei de autonomia e flexibilidade curricular, fazendo notar que mais de 250 escolas já a utilizam. ■

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