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A Polícia Judiciária (PJ) esteve na Câmara de Alcobaça no passado dia 19 de Janeiro, para proceder a buscas. De acordo com o Correio da Manhã, a PJ procedeu ainda, no mesmo dia, a buscas em diversas autarquias e empresas do país.
Relativamente à autarquia alcobacense, e ao que a Gazeta das Caldas conseguiu apurar, em causa está a empresa municipal Terra de Paixão e o concurso lançado por esta para a constituição de uma Parceria Público-Privada para a construção dos centros escolares no concelho, da qual fazia parte a empresa MRG-Engenharia e Construção, Lda, responsável pela construção dos Centros Escolares de Alcobaça e Benedita e do Pavilhão Gimnodesportivo de Évora de Alcobaça.
É precisamente sobre esta e outras empresas, diz o Correio da Manhã, que recaem suspeitas da Judiciária, relativamente a “obras que nunca foram realizadas ou casos onde foi detectada sobrefacturação ou mesmo facturas falsas”.
Iniciada em 2011, a investigação diz respeito ao anterior mandato na Câmara de Alcobaça, liderado por Gonçalves Sapinho (entretanto falecido).
Gazeta das Caldas apurou que o actual executivo, presidido por Paulo Inácio, mandou elaborar de imediato um relatório jurídico e económico que já foi entregue às autoridades.
A investigação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal e PJ de Coimbra, cujo director já confirmou que estavam a ser analisados vários concelhos do país por obras fictícias, que terão lesado o Estado em milhões de euros.
Oeiras, Trancoso e Gouveia foram outras autarquias por onde os inspectores da PJ terão passado. Chegaram ainda a ser noticiadas buscas também na Câmara Municipal de Odivelas, o que foi desde logo desmentido pela autarquia em comunicado.
