Phoz Plage faz o primeiro banho de mar do ano há meio século

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GrupoO dia 1 de Janeiro de 2015 foi especial para o Phoz Plage, nome pelo qual é designado um grupo de amigos que se junta aos domingos na Foz do Arelho para jogar futebol. É que esta foi a 50ª vez que o grupo se juntou para o primeiro jogo de futebol e o primeiro banho do ano no mar. Na praia estiveram cerca de 60 convivas, juntando gerações dos 13 aos 80 anos. Nem todos jogaram, nem todos foram ao banho, mas todos conviveram a dar as boas vindas ao novo ano.
O tempo deu uma ajuda: céu limpo, sol quente, sem vento, águas calmas. Mas o ritual é sempre o mesmo e tem sempre muita gente, faça sol, faça frio, ou faça chuva. Os plageanos vão chegando e vão-se juntando. Montam o campo de futebol. Este ano a natureza providenciou um campo amplo, com largueza suficiente para caberem mais de 40 jogadores.
O jogo não é a feijões. Há competitividade e ninguém quer perder. Ralham uns com os outros quando alguém erra e isso custa um golo. Mas, muito mais que isso, há boa disposição, brincadeira e convívio puro.
Por fora há acompanhantes que vêem o jogo e aproveitam a praia. Quem está sempre presente é a ‘velha guarda’, os plageanos mais antigos que já não jogam porque as articulações não deixam, mas conversam e até orientam os que jogam.
João Filipe é o mais antigo entre os presentes. É plageano há 50 anos e é o único fundador entre os presentes. Não quis gravar, mas sempre vai dizendo que é um orgulho ver a tradição do Phoz Plage manter-se já por meio século, crescendo e renovando-se pelas gerações mais jovens.
Gonçalo Machado, neto de João Filipe, é um dos plageanos mais recentes. Vai na segunda participação. Entrou para o grupo por influência do avô, claro está, mas também de um amigo que já fazia parte do grupo.
Destaca “a alegria e o espírito de camaradagem que existe. Não tinha muita confiança no início, mas vai crescendo com o tempo”, refere, acrescentando que foi acolhido muito bem por todos.
Quanto ao banho, “estava espectacular pois no fim da futebolada sabe muito bem”, garante.
“Não tenho os 50 anos de Phoz Plage, mas valorizo quem os tenha e acho que é bom haver esta continuidade e ver estas gerações todas juntas, dos 80 aos 13 anos”, diz Bruno Santos, empresário caldense eleito este ano para presidir a comissão do Phoz Plage. Também ele realça o espírito de são convívio, que junta pessoas de vários quadrantes políticos e extractos sociais. “Tudo isso fica lá fora, discutimos, vivemos o futebol e no fim vamos dar um mergulho no mar, tudo o resto fica esquecido, é pura diversão, convívio, espírito de amizade e uma união muito grande”, sublinha.
Bruno Santos refere também que é importante valorizar o espaço da Foz do Arelho, que o grupo visita durante todos os domingos do ano, excepto no Inverno. “É dos sítios mais bonitos do mundo e é pena as pessoas da região não viverem mais a Foz do Arelho”, lamenta.
O futebol acaba por volta das 12h30. O sol vai alto e está quente, convida mesmo ao banho no mar depois do jogo. Quem perde o jogo fica com a missão de carregar as balizas antes de ir à água.
O banho é rápido, porque apesar de tudo está frio. Segue-se um brinde retemperador na praia e estão dadas as boas-vindas a 2015.

 

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