Cerca de 40 plageanos apresentaram-se no areal da Foz do Arelho para o primeiro jogo do ano, mas nem todos se aventuraram na água do mar |Joel Ribeiro
O frio desencorajou o primeiro banho no mar da Foz do Arelho, tradição do Phoz Plage, mas mesmo assim houve pouco mais de uma dezena de corajosos que não deixaram esmorecer a tradição.
Eram cerca de 11h30 quando o habitual grupo se juntou na praia para dar uns pontapés na bola no areal. Um jogo de futebol que serve para aquecer os corpos para esse primeiro mergulho do ano.
As semanas de sol com que 2016 acabou não tiveram infelizmente continuidade no primeiro dia de 2017. Deram lugar a um dia frio, cinzento e com muito vento, pese embora sem a chuva que fez uma visita um ano antes.
Dos cerca de 40 plageanos que enfrentaram o dia frio para o primeiro jogo de futebol do ano, pouco mais de um quarto aceitou o desafio de mergulhar no mar. No entanto, este ano, e ao contrário do que tem sido habitual, houve uma presença feminina. “O meu marido e o meu filho são plageanos e eu venho por solidariedade com eles e porque gosto de tomar banho no mar”, explicou Umbelina Barros.
Pedro Silva e a mulher Umbelina Barros deram não só o primeiro mergulho do ano, como se despediram de 2016 com um mergulho na tarde do dia 31 de Dezembro. | Joel Ribeiro
A reconhecida ceramista caldense diz não ter qualquer crença neste banho de ano novo, “é mais pelo convívio que outra coisa”, acrescentou. Além do mergulho no primeiro dia do ano, também fez o mergulho de despedida de 2016 na véspera.
Quanto à água, disse que estava mais fria no dia 1 de Janeiro. Os restantes convivas diziam que o mais difícil não era entrar na água, que se apresentava por volta dos 14 a 15 graus, mas sim sair, devido à temperatura do ar – perto dos 9 graus – e ao vento que se fazia sentir.
De resto, é hábito quando o ano começa ensolarado haver afluência á praia da Foz logo pela manhã, mas desta vez, além dos plageanos e de alguns acompanhantes, só se encontravam alguns pescadores no areal.
Carlos Santos, que preside à comissão do Phoz Plage, ficou satisfeito por ver tantos plageanos a aderirem à iniciativa, que é sobretudo de camaradagem entre pessoas de diferentes estratos sociais e de diferentes profissões. “Não há doutores nem engenheiros, todos somos iguais desde o início”, sublinha. Carlos Santos realçou ainda que o grupo se continua a renovar com entradas de jovens que são já segundas e terceiras gerações de plageanos.
No final do banho, o grupo providencia um lanche com comes e bebes para os convivas reaquecerem o corpo depois do banho na água fria.