Cerca de meia centena de jovens fizeram questão de se juntar à Greve Climática Estudantil nas Caldas, que decorreu na tarde da passada sexta-feira
Tarde de sexta-feira, 22 de outubro, e junto à Praça de Touros das Caldas cerca de meia centena de jovens reúnem-se para se manifestar pelo clima. É mais uma ação do movimento Greve Climática Estudantil, que já no final de setembro tinha organizado um protesto. “Alterem o sistema, não o clima”, “There’s no planet b” ou “Chega de blá blá, ação já!” eram algumas das frases que os manifestantes traziam nos cartazes.
Rapidamente Alexandre Sacramento, porta-voz do movimento, organiza as “tropas” e explica o percurso a realizar, em direção aos Correios, subindo até ao CCC, descendo para a Praça da Fruta, passando pela Rua das Montras e terminando na Praça 25 de Abril, em frente à Câmara, onde foram recebidos pelo novo presidente, Vítor Marques. “O movimento cá estará para colaborar, mas também para pressionar no sentido de colocar estas questões como prioritárias”, garantiu o porta-voz.
Alexandre Sacramento explicou à Gazeta das Caldas que esta grande mobilização nas Caldas se explica com a criação do núcleo nas Caldas. “Desde que existe a iniciativa, foi criado o núcleo da Greve Climática Estudantil nas Caldas da Rainha. E a partir daí os jovens aderem, porque têm vontade e são participativos”, explicou o manifestante.
O núcleo duro é composto por uma equipa de mais de uma dezena de jovens, que conseguem depois mobilizar os outros estudantes caldenses. “Normalmente quem mais participa são os jovens do secundário, entre os 15 e os 19 anos, mas também temos estudantes da ESAD”, esclareceu o caldense, reconhecendo que a introdução de disciplinas como “Cidadania” permitiu que estes temas sejam discutidos na escola.
“A sensibilização começa aí. Nós, como Greve Climática, também fizemos uma série de palestras e vamos continuar a fazer, para explicar o que está a acontecer e o que é preciso fazer para atingir os nossos objetivos”, frisa.
Ainda não há uma data definida para nova manifestação, mas fica uma garantia: “vamos continuar até ser ouvidos”, referiu Alexandre Sacramento, convidando os interessados a seguirem o movimento nas redes sociais. “A Greve Climática não vai parar, está a crescer”, afirmou, notando que nesta segunda manifestação após o confinamento contaram com o dobro dos participantes da primeira. “Com a pandemia não parámos totalmente”, frisou, notando que se mantiveram ativos através das redes socias.
Em protesto, o jovem alertou para a urgência da necessidade de, globalmente, reduzirmos até 2030 metade das emissões de carbono. “Não é no tempo de sermos avós, é já daqui a oito anos”, fez notar. ■






























