A maioria dos utilizadores são locais, mas as termas das Caldas recebem termalistas de todo o país, para usufruir dos tratamentos de saúde e bem-estar
Prestes a terminar o ano de 2024, o Hospital Termal já recebeu 1921 aquistas, dos quais a sua maioria, 1002, procuraram pelos tratamentos de bem-estar, maioritariamente de um a dois dias. Foram ainda realizados 919 tratamentos de saúde, com uma duração média de 12 a 14 dias, até um máximo de 21 dias). Metade dos termalistas que fizeram os seus tratamentos de saúde nas Termas das Caldas da Rainha são dos distritos de Leiria (40%) e Lisboa (13%), sendo que no distrito de Leiria, o concelho das Caldas lidera, com 67% do total de termalistas. No entanto, as termas caldenses têm uma abrangência nacional pois, ainda que em menor escala, receberam termalistas de norte, alentejo e sul do país.
No que respeita aos serviços de bem-estar, as técnicas termais são as preferidas, em que os banhos, duches e programas termais representam 78% dos serviços mais procurados. São sobretudo mulheres (72%) e com uma média de idades entre os 45 e os 55 anos, as principais clientes.
No Balneário Novo já foram realizados, este ano, 25.021 tratamentos (+23% que em 2023), entre inalações, irrigações, pulverizações, nebulizações, aerossóis e outras técnicas como duche gengival, duche filiforme e ainda drenagem de proetz.
A autarquia reconhece que, “apesar de todos os esforços efetuados para responder a todas as solicitações, reconhecemos que nem sempre tem sido fácil, tendo em conta a capacidade existente, especificamente nos tratamentos existentes na ala sul do Hospital Termal”. Apenas nos tratamentos direcionados para doenças reumáticas/ músculo-esqueléticas é que ainda não foi possível dar resposta a todas as solicitações. Por esta razão “é tão necessária a construção de um balneário novo que possa dar resposta a tanta procura que efetivamente temos”, responde a autarquia à Gazeta das Caldas. Com esse objetivo foi desenvolvido o documento estratégico do Master Plan do Complexo Termal, que pretende dar apoio à decisão política relativamente à tipologia e localização do novo balneário Termal. De acordo com o presidente da Câmara já foram identificados vários locais, que serão agora apresentados aos vereadores na Câmara e à Assembleia Municipal.
Está também a ser realizado um estudo para um plano de negócios que definirá que tipo de balneário querem ter, nomeadamente ao nível da capacidade e do tipo de resposta a dar aos termalistas, que deverá estar terminado até fevereiro. Também a gestão está a ser estudada, para perceber se se manterá na esfera do município, ou se a melhor solução passará pela criação de uma cooperativa, fundação ou empresa municipal, por exemplo. “Para o próximo ano fica definido o futuro do termalismo caldense”, avançou o autarca. A autarquia possui cinco milhões de euros, do quadro comunitário 2023, para investir na área termal e quer avançar ainda em 2025 com uma candidatura. ■































