Gazeta das Caldas desafiou um conjunto de responsáveis e personalidades da região para partilhar os desejos a alcançar na próxima década nas organizações que representam, num exercício que estimula a própria região a “Pensar o Futuro Hoje”. Quisemos também saber qual o maior desafio pessoal que se lhes coloca no ano que agora se inicia. Empresários de vários sectores, políticos dos diferentes partidos, directores de escolas e dirigentes associativos dão a conhecer algumas das suas principais preocupações e anseios, mas também os projectos que tencionam desenvolver.
As duas perguntas foram enviadas a quase meia centena de intervenientes da sociedade civil do Oeste e nesta edição publicaremos os primeiros testemunhos que chegaram à nossa redacção. Na próxima semana continuaremos a dar voz às forças vivas oestinas, permitindo aos nossos leitores uma análise do que cada um perspectiva para a próxima década.
- O que gostaria de conseguir (ou que fosse conseguido) para a sua instituição, inserida na região e no país, no decorrer da próxima década?
- Qual o seu principal desafio para o ano de 2020?
Arnaldo Sarroeira,
responsável concelhio do BE Caldas
1 . No concelho gostaria de ver o ecossistema da lagoa de Óbidos sustentável, assim durante o próximo ano as obras de desassoreamento devem avançar de forma eficiente e as autarquias de Caldas da Rainha e Óbidos, deveriam iniciar o processo de aquisição da draga que fará a manutenção do desassoreamento de forma permanente no futuro. Gostaria igualmente de ver parte significativa das obras de reabilitação urbana concluídas ou em fase de conclusão, já no próximo ano, seguido da reabilitação dos imóveis devolutos e o Plano de Mobilidade aprovado e implementado para melhorar as acessibilidade e circulação na cidade.
Na região Oeste gostaria de ver o novo Hospital em fase de construção e os actuais estabelecimentos hospitalares do CHO em requalificação de acordo com as novas funções que lhes venham a ser atribuídas, pelo que o estudo em curso deve ser realizado durante o próximo ano. Gostaria ainda de ver, já em 2020, avançar as obras de requalificação da 1ª fase na linha do Oeste, bem como a realização do concurso para o troço de T. Vedras a C. da Rainha e, até final da década de ver realizada a requalificação do troço Caldas da Rainha-Louriçal.
No país gostaria de ver a pobreza erradicada ou muito mitigada, através de uma melhor repartição da riqueza, sobretudo através da atribuição de salários mais justos, a começar na administração pública e a implementação de medidas para o sector da habitação que cumpram o que está consignado na constituição, o acesso à habitação digna para todos.
2. A nível pessoal será aprender a tocar um instrumento musical, colmatando assim uma lacuna na minha formação. A nível político será continuar a contribuir para o estudo e resolução dos problemas com que os cidadãos do concelho de Caldas da Rainha se confrontam, para o que será necessário disponibilizar tempo para ouvir as populações, sobretudo as das chamadas freguesias rurais. A finalizar gostaria de em nome do Bloco de Esquerda desejar Boas Festas e um Bom Ano de 2020 a todos os cidadãos Caldenses.
Luís Patacho,
vereador do PS na Câmara das Caldas
1. Atualmente as dimensões concelhia e regional devem ser vistas numa só porque estamos em rede e só ganhamos se conseguirmos ter uma visão mais abrangente do nosso território.
Seria fundamental que as nossas Termas se afirmassem em toda a plenitude na próxima década, com um novo Balneário, moderno e atrativo, com capacidade para recebermos mais aquistas. Isso significaria mais e melhores condições terapêuticas e, simultaneamente, um enorme potencial para o turismo, cultura e economia local e regional, reforçando a centralidade das Caldas no contexto do sul do distrito de Leiria e do Oeste.
Para isso será estruturante a modernização e eletrificação da Linha do Oeste e a mobilidade urbana, tanto na vertente do ordenamento de trânsito, incluindo a logística urbana, como na aposta nos modos suaves de mobilidade. Em 2030 temos de ter transportes públicos, ferroviários e rodoviários, não poluentes e condições logísticas para muitos caldenses se poderem deslocar em transportes alternativos aos carburantes.
Igualmente estruturante se afigura um novo Hospital que sirva as Caldas e o Oeste, que venha suprir as necessidades das 3 unidades que integram o CHO. Os primeiros passos estão dados e estou certo que será uma realidade a médio prazo.
Num plano mais amplo temos de ser capazes de proceder à descarbonização do país, concretizando o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 com resultados visíveis. O tema do clima e da salvaguarda do Planeta é e continuará a ser prioritário na próxima década. A emergência climática é uma realidade e exige de todos nós mudanças concretas de hábitos. Quem não entender isto, não entende nada.
2. Do ponto de vista da intervenção pública será continuar a fazer uma oposição responsável e proativa na Câmara Municipal, procurando fazer parte das soluções, quando é possível, ou denunciando o que merece censura, quando não se consegue reverter, mas apresentando sempre propostas alternativas e marcando a agenda com outras novas. É um desafio estimulante mas exigente e de responsabilidade acrescida, uma vez que os vereadores do PS são a única oposição existente na Câmara Municipal. Mas é o caminho para se criarem condições de alternância democrática numa Câmara governada ininterruptamente pelo PSD há quase 35 anos.
José Ribeiro,
responsável concelhio do PS Caldas
1. Até 2030 os desafios são tão grandes quanto insofismáveis. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU estabelecem as prioridades, desde a erradicação da pobreza, a educação, a igualdade e o clima. É por aqui que devem ser delineadas as políticas e ações, no país e na região. A Globalização deve ser também partilha de responsabilidades, não há muitos caminhos de futuro possíveis, por isso, o que gostaria muito que acontecesse era que um entendimento global fosse alcançado, sem o qual podemos estar perante a inevitabilidade de um retrocesso civilizacional. Planear para além de uma legislatura e conciliar a Ecologia com a Economia, no país e na região, estas devem ser as orientações de base para tudo o resto.
A nível regional, espero que Leiria seja a capital Europeia da Cultura em 2027, sabendo que as Caldas da Rainha teriam um papel fulcral, como já o tem no que vamos conhecendo da candidatura. É ainda fundamental que a região se conseguisse estabelecer como um polo de turismo sustentável e integrado e as Caldas como cidade charneira. Aliás, que a próxima década seja de afirmação, a vários níveis, para as Caldas da Rainha. Vivemos de “expediente geral” e sem rasgo de criatividade há mais de 30 anos, por isso a grande expetativa é que finalmente possamos passar de uma cidade de “supermercados” e de ruas esburacadas, que vai reagindo à “espuma dos dias”, para uma cidade com um novo hospital, com umas termas que voltem a ser uma referência mundial, com vias de comunicação modernas, em particular a ferrovia, em suma, uma cidade virada para o futuro. Não podemos continuar nos anos 80. Isto só será alcançado com uma mudança política, ao nosso alcance nas próximas eleições autárquicas.
2. Para o ano penso continuar a intervir, na convicção de que o interesse público e o bem-estar coletivo são responsabilidades de todos/as. Vejo assim a intervenção política como forma de assumir estas responsabilidades. Temos excelentes exemplos de pessoas que intervêm sem outro interesse que não seja uma sociedade mais justa, felizmente, e ao contrário da ideia generalizada, existem muitos exemplos destes na política. Defender os valores da liberdade, da igualdade e da fraternidade, numa época em que fertilizam os discursos extremistas e básicos do ódio e da segregação, é um imperativo para as pessoas de bem. Desejo ainda que meios de comunicação como a “Gazeta das Caldas” possam continuar o trabalho sério de informar, por oposição às redes sociais que muitas das vezes desinformam e apenas veiculam ideias básicas e falsas. É também contra isto que temos de obrigação de lutar.
Sara Velez,
deputada na Assembleia da República eleita pelo PS
1. Os novos anos, e no caso, a nova década são particularmente favoráveis a formulações e a resoluções sobre o futuro. O desafio que a Gazeta das Caldas nos lança enquadra-se nesse quadro: encontrar objetivos de realização coletiva para os próximos 10 anos.
Sem sombra de dúvida que o grande desafio será a sustentabilidade. Teremos que ser capazes de encontrar o caminho do crescimento e do desenvolvimento sem nos esquecermos do planeta em que vivemos. Por isso um dos principais desafios que se colocam aos nossos concelhos é o da inteligência. Cidades inteligentes são cidades sustentáveis e interconectadas que usam as novas tecnologias para a gestão eficiente da polis, sempre ao serviço das pessoas.
Teremos também o objetivo da sustentabilidade económica e social. Temos que continuar a prosseguir o crescimento económico criando riqueza e oportunidades de realização sem esquecer a luta e o combate às desigualdades, sem deixar ninguém para trás. Por isso espero que a próxima década traga ao concelho das Caldas da Rainha a implementação de um novo modelo estratégico de desenvolvimento, uma nova visão, que substitua a gestão casuística e de momento em que navegamos há tempo de mais. Não faltará oportunidade eleitoral. Pelo menos três.
Por fim gostaria que em 2030 tivéssemos resolvidos alguns problemas que já tínhamos há 10 anos e antes desses 10 anos, outros tantos anos: Um novo Hospital; uma linha ferroviária moderna e funcional que responda às necessidades de mobilidade da nossa população; uma verdadeira cidade termal com o Hospital Termal da nossa cidade a trazer-nos de novo a vivacidade caldense que outrora se perdeu no tempo.
Da minha parte farei o que estiver ao meu alcance para que assim seja.
2. O principal desafio que identifico para o ano de 2020 e que vai de encontro ao atrás exposto é o da transição digital e energética. Precisamos, também no nosso concelho, de começar a dar os primeiros passos no caminho da digitalização da gestão urbanística criando, entre outras, ferramentas digitais para a gestão da mobilidade, para a gestão dos resíduos, para a promoção económica e territorial, apenas para deixar alguns exemplos. Precisamos ainda, ao nível energético de criar soluções que nos permitam progressivamente reduzir a nossa dependência dos combustíveis fosseis. A aposta na mobilidade elétrica é apenas um dos exemplos e um dos primeiros passos que podemos dar.
Vítor Fernandes,
responsável concelhio do PCP Caldas
1. Uma definição de prioridades para a próxima década, em muitos aspectos, faz coincidir os planos local, regional e nacional.
Alguns problemas que há muito se arrastam são incontornáveis e têm necessariamente que encontrar solução. Assim:
– Um novo Hospital para a região Oeste.
– O Hospital Termal a funcionar em pleno e integrado no SNS. (Aliás, a reposição da comparticipação nos tratamentos termais, demonstrou cabalmente o erro da decisão preconceituosa e premeditada do subfinanciamento crónico, do encerramento das instalações e do afastamento da tutela do ministério da Saúde).
– Electrificação total da Linha do Oeste, com material circulante eficaz e horários atractivos, ao serviço das necessidades das populações.
– Desassoreamento e despoluição da Lagoa, cujos prazos inicialmente previstos para a 2ª fase de trabalhos, estão, uma vez mais, a ser incumpridos.
– Relançar a reabilitação urbana, intervindo no sentido da recuperação das casas degradadas, abandonadas ou em ruínas, entrada em vigor do sempre adiado Plano de Pormenor do Centro Histórico, e solução progressiva dos graves problemas de estacionamento com que a cidade se debate.
– Maior atenção à realidade das freguesias, com o aumento do financiamento municipal.
– Por fim, em termos nacionais, renegociação da dívida soberana, nos seus montantes, prazos e juros, que, só estes, obrigam ao pagamento anual de 7 mil milhões de Euros para o serviço da dívida, dificultando ou impedindo mesmo, o imprescindível investimento público.
2. Um desafio (entre muitos) para o ano de 2020 passa por lutar pela melhoria substancial das condições de funcionamento do hospital de agudos, com a superação da precariedade das instalações, reforço dos equipamentos, propiciar condições de trabalho dignas para os seus profissionais, em termos de salário, carreiras e exercício das suas competências, visando a qualidade do serviço prestado ao serviço dos utentes e o cumprimento do direito à Saúde que a Constituição confere aos cidadãos.
Ana Pagará,
directora do Mosteiro de Alcobaça
1. Apenas considero pertinente responder a esta questão naquilo que reporta ao Mosteiro de Alcobaça.
Naturalmente, continuarmos a ter as condições necessárias por parte da tutela para o cumprimento da nossa missão, no universo das Boas Práticas da UNESCO: a salvaguarda deste Bem inscrito na Lista do Património Mundial da Humanidade e a sua transmissão no melhor estado de conservação possível às gerações vindouras.
A curto prazo, a conclusão das obras em curso e previstas, de que se destacam as intervenções financiadas pelo Programa Portugal 2020 (mais de 1 milhão de euros de investimento), nomeadamente, a nova portaria e loja do monumento (em fase de conclusão) e a intervenção de conservação e restauro integral da fachada do Mosteiro (a decorrer ao longo de 2020). A boa execução destas empreitadas determinará o sucesso do Pacto de Integridade, assinado entre a Direção-Geral do Património Cultural e a Transparência e Integridade Associação Cívica, para a monitorização do processo de Contratação Pública subjacente a estas empreitadas, projeto inovador e que se aplica pela primeira vez em Portugal, com o envolvimento da comunidade local. A médio-longo prazo, continuar a executar o Plano Diretor do Mosteiro de Alcobaça, nomeadamente, a recuperação do Claustro do Cardeal e a sua inclusão no circuito de visita; a instalação do núcleo museológico e centro de interpretação do monumento na Ala Norte do Mosteiro; a recuperação de parte da cerca íntima e sua disponibilização ao usufruto público e a resolução dos problemas de acessibilidade que ainda persistem.
Por outro lado, a consolidação do Mosteiro de Alcobaça enquanto polo produtor e irradiador de Cultura, aos níveis local, regional, nacional e internacional, com forte aposta na programação cultural de excelência, baseada numa política de parcerias, e na sua afirmação enquanto espaço de referência internacional ao nível da gestão de sítios cistercienses.
2. Sem dúvida, a abertura da nova receção do monumento (antiga portaria do mosteiro) e da loja na magnífica Sala das Conclusões, prevista para o 1º semestre, o que vai determinar um novo percurso de visita que integra espaços até agora interditos ao público, com vantagens claras do ponto de vista da gestão do fluxo de visitantes e com significativa melhoria das condições de acolhimento ao visitante e do uso cultual da igreja, bem como das condições de segurança e de conservação do monumento e património associado, o que traduz uma forte aposta na qualificação do usufruto por parte dos mais de meio milhão de visitantes que acorrem anualmente ao Mosteiro de Alcobaça.
Cláudia Vicente,
vereadora do PS Alcobaça
1 . Na minha opinião Alcobaça tem vivido as últimas décadas muito centrada em si mesma, o que foi prejudicial, pelo que seria importante quebrar esse ciclo, apostando na sua modernização e promoção para além dos limites do Concelho. Temos um Concelho estagnado e envelhecido em termos populacionais, pelo que necessitamos de atrair mais população, preferencialmente jovem. Um acentuado aumento populacional proporcionaria ter mais peso nas reivindicações junto do Governo Central e de certa forma “forçar” a mais investimentos na região e no Concelho.
Os próximos anos serão decisivos e desafiantes para a afirmação de alguns Concelhos, especialmente os mais próximos da AML, que poderão aproveitar não só o facto de o Governo querer descentralizar competências e serviços, mas também aproveitar os efeitos que o aumento do preço do imobiliário em Lisboa tem na vida das famílias, que procurarão outros centros urbanos para viver. Aproveitar estas oportunidades poderá ser decisivo e Alcobaça terá, naturalmente, de trabalhar bastante e em várias “frentes”. Para mim a existência de uma instituição de ensino superior no Concelho, preferencialmente com cursos ligados às profissões de futuro, seria um catalisador para as várias áreas da economia local. Em simultâneo teria de procurar e conceber condições para o aparecimento de novos investidores empresariais que promovam a criação de emprego qualificado, com remunerações compatíveis.
Noutro segmento, Alcobaça tem de se promover como um Concelho ideal para viver e visitar, situado entre a serra e o mar, com uma das mais belas baías do mundo, a dois passos de Lisboa e que oferece qualidade de vida a quem nele quiser viver. Aqui, seria uma mais-valia conseguir que a modernização da ferrovia da linha do Oeste se concretizasse até ao final da linha e não apenas até às Caldas da Rainha.
Mas não bastaria, cada vez mais exigimos ter todas as comodidades a um passo e a um clique de distância, e nessa perspectiva o Concelho teria de oferecer essas comodidades, habitações modernas a preços acessíveis, oferta de ensino e creches, mobilidade, rede de wi-fi e de fibra óptica de qualidade como preparação para a transição digital que se avizinha, oferta cultural, restauração, serviços de saúde de qualidade, preferencialmente com a construção de um novo Hospital Público, situado entre as Caldas da Rainha e Alcobaça, seria o ideal para servir a população da zona Oeste. Por fim, mas igualmente importantes, não nos podemos esquecer que os Concelhos tem de promover a preservação ambiental e a segurança dos seus habitantes. São estes alguns dos desafios para os próximos anos.
2. Contribuir para mudança do paradigma existente no Concelho nos últimos vinte anos. Apesar da adversidade à mudança, a estagnação é prejudicial para qualquer sociedade, não nos podemos acomodar e temos de nos desafiar constantemente para evoluirmos, seja em termos pessoais, seja enquanto membros de uma sociedade. Este é um desafio constante e que estará presente em 2020.
Paulo Almeida,
director da ESTM (Peniche)
1. Vamos entrar numa década globalmente competitiva e particularmente desafiante. A rapidez com que se processa a assimila informação vão fazer dos próximos anos, anos digitalmente disruptivos, cientificamente inovadores e culturalmente criativos! Globalmente, para as Instituições de Ensino Superior, os desafios dos próximos anos, tendo em conta a baixa natalidade registada no início do século, serão de, pelo menos, manter o número de estudantes, aumentar a capacidade de financiamento, incrementar a investigação científica e partilhar o conhecimento produzido em prol do desenvolvimento regional e nacional. Particularmente, até 2030, para a ESTM – Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, inserida hoje no Politécnico de Leiria, gostava que continuasse com oferta de cursos certificados e reconhecidos como de qualidade. Gostava que continuasse a receber estudantes responsáveis, empreendedores e motivados para a aprendizagem e assimilação de conhecimento. Gostava que continuasse a trabalhar com instituições públicas e privadas, cooperando ao nível da empregabilidade e da inovação de processos e produtos, contribuindo assim para a melhoria das suas performances competitivas. Gostava que continuasse a fazer investigação científica aplicada produzindo e partilhando cada vez mais conhecimento com a sociedade. Gostava que continuasse a senda da internacionalização, promovendo mais e mais programas de mobilidade e cooperação com parceiros estratégicos espalhados pelo mundo. Gostava que, tendo em conta a excelência do trabalho desenvolvido ao nível da intervenção social regional e nacional, da investigação e partilha de conhecimento, da internacionalização, da cooperação com Autarquias, Empresas e Pessoas desta Região, a ESTM estivesse sediada na Universidade Politécnica de Leiria, para podermos assim inovar e competir de igual forma com outras regiões no mundo.
2. Como Diretor da ESTM o meu grande desafio para o próximo ano passa por continuar a ciar as melhores condições possíveis para desenvolvermos um trabalho sério, responsável e competente nas áreas das ciências do turismo e ciências do mar. Manter infraestruturas, equipamentos, espaços e serviços de qualidade, atividades culturais dinâmicas, ações solidárias e sustentáveis que promovam a inclusão de todos dentro da comunidade. Promover um ambiente saudável para quem trabalha e para quem visita, sempre com a minha porta aberta partilhando e escutando os colegas, os estudantes e o ambiente externo, procurando novos parceiros, novas oportunidades e novos projetos que possam notabilizar ainda mais o Politécnico de Leiria e a Região Oeste.
João Forsado Gonçalves,
responsável concelhio do CDS-PP Caldas
1. Um dos maiores desejos e objectivos é o definir uma estratégia de gestão de recursos naturais para o Pais que consiga ao mesmo tempo preservar o meio ambiente, garantir independência alimentar e energética. Os países que estejam na vanguarda do desenvolvimento tecnológico são os mais procurados para exportação de tecnologia e know-how.
A região do Oeste seria obviamente uma das regiões em destaque dada a sua importância na capacidade de produção alimentar e na sua proximidade ao Oceano Atlântico. Uma das outras valências a explorar seria a resultante do aproveitamento da energia produzida pelas ondas.
No caso concreto das Caldas da Rainha esta foi claramente uma referência nacional do turismo, neste capitulo teremos que agarrar em quatro temas que considero nucleares;
– O TERMALISMO – este tema não tem sido bem cuidado nem bem tratado, pois per si ,é um motor inequívoco de crescimento para a cidade,
– A CERÂMICA – também deverá e poderá ser potenciada enquanto imagem da cidade e atrativo turístico. A cerâmica está no ADN da cidade através das suas raízes populares e tradicionais, deveria existir uma região demarcada da cerâmica.
– A PRAIA – Oferta impar aos veraneantes, com uma lagoa única que poderá albergar tantos desportos náuticos, p.ex.: o kite-surf, oferecendo assim experiências únicas desde que bem aproveitados os seus recursos naturais.
– OFERTA GASTRONÓMICA – Dinamização e promoção sustentada e estruturada dos ex-libris do concelho, ex,; Praça da Fruta, doçaria, a produção de codornizes, entre outros.
Por ultimo não deveremos esquecer a INDUSTRIA, potenciando e aproveitando os eixos rodoviários que nos servem, a excelente qualidade de vida que nos caracteriza, tornando assim atrativo o que nos diferencia, o capital humano existente e aquele que poderá voltar ás suas origens, fazendo da zona industrial um verdadeiro pólo de criação de riqueza, desenvolvimento e progresso.
2. Não se resume a um só os desafios para 2020.
Sendo a concelhia de Caldas da Rainha do CDS-PP a 2ª maior do distrito de Leiria, tem as suas responsabilidades acrescidas no sentido de reforçar a sua intervenção no concelho;
– Aumentar o numero de simpatizantes e militantes,
– Ter militantes mais interventivos e contributivos nos assuntos das suas freguesias.
– Reforçar o trabalho já desenvolvido nalgumas freguesias, alargando o mesmo á sua totalidade das freguesias, há que ouvir os cidadãos e dar-lhes voz.
– Sendo, entre outras, a Foz do Arelho e a sua lagoa uma das nossas maiores preocupações, pretendemos estudar e criar condições para a optimização e partilha de recursos com o aumento da sustentabilidade e rentabilidade em conjunto com as forças vivas do concelho vizinho de Óbidos, e que comungam das mesmas preocupações.
Henrique Bertino,
presidente da Câmara de Peniche
1. Para a região temos, sem sombra de dúvidas, de acreditar que será possível construir o Hospital, no limite do aceitável, até 2030.
O concelho de Peniche necessita de recuperar o tempo perdido, nomeadamente melhorando os estabelecimentos de ensino existentes e construindo novos; renovando o parque de habitação social; promovendo o desenvolvimento económico, capitalizando as condições excecionais do nosso concelho.
Entendendo que o reforço da oferta hoteleira é essencial para estruturar a nossa economia, considero importante que se concretize, dentro de 6 ou 7 anos, a construção de mais três ou quatro unidades hoteleiras de referência nosso território.
No âmbito desta estratégia, importa também conseguir construir rapidamente alguns quilómetros de estruturas pedonais e cicláveis que passem a ser uma referência e um elemento diferenciador do concelho, quer para a proteção do sistema dunar, quer das falésias, e porque queremos ser um concelho com múltiplas ofertas de trilhos, roteiros e ciclovias.
Tenho defendido e acredito que Peniche pode também ser reconhecido como um concelho museológico: Museu Nacional da Resistência e da Liberdade; da Geologia; do Mar; da Pesca; da Indústria Conserveira; do Naufrágio do Navio San Pedro de Alcantara.
A nossa maior marca é o Mar, seja através das atividades da pesca, marítimo-turísticas, desportos de surfing e náuticos. O Mar será sempre o nosso maior bem.
De modo a fazer face a um conjunto de desafios que enfrentamos, debatemo-nos com a necessidade de construir: pavilhão multiusos; sala de espetáculos; o edifício dos Paços do concelho para comportar os múltiplos serviços municipais (atualmente distribuídos por 8 edifícios).
Julgo que, até 2030, Peniche terá construído uma nova Marina de Recreio que revolucionará a zona do Porto de Pesca.
Prevê-se a construção de um Posto de Turismo avançado da Região Oeste que proporcionará serviços adequados às novas exigências turísticas e simbolizará a complementaridade dos 12 concelhos da Região Oeste.
É necessária a construção de novos equipamentos desportivos e culturais para proporcionar às novas gerações um futuro promissor e feliz.
Poderia referir ainda muito mais aspetos, como as oportunidades que advêm da descentralização das competências, das novas exigências em relação às variáveis da Segurança e da Proteção do Meio Ambiente, o lixo, a necessidade de asfaltamento, o ordenamento, etc.
2. O principal desafio para o ano de 2020 é concretizar um conjunto de obras estruturantes, através dos fundos comunitários. Entre o conjunto de obras, destaco a recuperação do cordão dunar da Baía Norte, a ligação pedonal e ciclável do Casal da Vala ao Parque Urbano da cidade.
Rui Vieira,
responsável pelo núcleo Refood
1. Os próximos 10 anos podem ser importantes/decisivos na política de responsabilidade social e ambiental , não só implementada pelos responsáveis locais e regionais mas também pelo tecido empresarial.
Se queremos ter mais clientes e mais esclarecidos temos enquanto empresas de dar um passo em frente no envolvimento de todos , empresa e funcionários, de um mundo melhor nas comunidades locais e regionais: combater a pobreza, combater as desigualdades, combater o desperdício (principalmente o alimentar).
Os responsáveis regionais e locais da administração pública devem ter um papel, tocando o coração e a razão de todos, na criação das dinâmicas mais adequadas.
Em suma: vamos ter aquilo que quisermos, ter e construir.
2. Em 2020 a Refood Caldas da Rainha tem desafios importantes: conseguir que empresas participem nesta obra, participando com duas horas semanais de voluntariado. Também conseguir ajudar todos os que nos procuram. Fazer das Caldas da Rainha uma comunidade referencia na luta contra o desperdício alimentar.






























