Peniche marcha em defesa dos direitos de saúde

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Mais médicos de família e a qualificação do Hospital S. Pedro Gonçalves Telmo e do serviço de urgência são o mote para a marcha de indignação que vai ter lugar em Peniche a 6 de Junho pelas 21h00, numa iniciativa da Comissão Municipal de Saúde daquele concelho.
Esta comissão, que integra membros da Câmara e de todas as forças políticas representadas na Assembleia Municipal, protestam por mais de metade dos munícipes de Peniche estarem sem médico de família e por o serviço de urgências, assim como o próprio hospital, estarem em risco de encerramento. “O Hospital São Pedro Gonçalves Telmo não consta da lista de intenções de investimento público divulgada recentemente”, refere a comissão em comunicado.
No documento, os autarcas observam a postura dialogante que têm mantido na contestação à política de saúde do Governo e lamentam o desrespeito do ministro da Saúde, Paulo Macedo, “ao não receber os seus autarcas”, como tem vindo a ser solicitado desde Outubro de 2011 face às notícias de encerramento do hospital.
A comissão recorda que o hospital começou a ser desmantelado no Verão de 2009 com encerramento de serviços e retirada de equipamentos, “apesar do acordo estabelecido a 22 de Janeiro de 2008” entre o então ministro da Saúde e o município de Peniche.
O caso teve novo episódio em Dezembro de 2013, quando o secretário de Estado da Saúde e o Adjunto de Ministro da Saúde se comprometeram a entregar no espaço de um mês o plano de reorganização do Centro Hospitalar do Oeste para que a Comissão de Acompanhamento do Hospital de Peniche se pronunciasse sobre as medidas a implementar, mas faltaram “ao prometido”.
A 23 de Dezembro do ano passado, “face à degradação dos cuidados de saúde primários”, o município solicitou intervenções urgentes de modo a alterar definitivamente a grave situação de falta de médicos de família, mas “a situação mantém-se”, acrescenta o documento.

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