Concerto integrado na 8ª edição do festival Montepio Às Vezes o Amor contou com boa lotação no grande auditório
No final de tarde de domingo, 12 de fevereiro, o grande auditório do CCC estava bem lotado para assistir a um concerto de Luísa Sobral. A artista veio às Caldas numa atuação integrada no festival Montepio Às Vezes o Amor, que já vai na sua oitava edição e que, noutros anos, trouxe às Caldas, por exemplo, Diogo Piçarra, Jorge Palma e Carlão.
Na cidade termal, Luísa Sobral apresentou o seu mais recente álbum, DanSando. A introdução, em voz off, com o palco ainda vazio, que explicava “para mim só há uma maneira de passar por esta vida: dançando!”.
A artista mostrou-se contente porque a atuação era ao final da tarde e disse que este é um álbum onde procura dar a conhecer o seu lado mais alegre. “Normalmente eu mostro mais o meu lado melancólico”, afirmou Luísa Sobral que, ao longo do concerto foi dando notas do seu bom humor. “Hoje não é o dia dos namorados, mas o amor celebra-se todos os dias”, afirmou a artista, que trouxe alguns temas românticos.
“Não foste tu”, “Quero falar de amor” e “Há Guerra” – tema composto quando estalou a guerra na Ucrânia – foram algumas das novas canções apresentados pela artista, que trouxe também uma música sobre os cabelos brancos (“Festa Antecipada”) e temas do álbum de músicas de embalar que produziu durante a pandemia.
Entre outras ouviu-se ainda “O Quadro que eu Pintei”, que é uma resposta a uma música que faz parte do seu primeiro álbum em que imaginava como seria o seu futuro.
“Serei sempre uma Mulher”, feito após uma reportagem sobre um grupo de mulheres que defendia os direitos femininos no Afeganistão, “Gosto de Ti” e “Maria Feliz” também fizeram parte do reportório, numa noite que terminou ao som de “As Mães de Hoje em Dia”, com a artista a tocar com uma vareta e um ralador! “Chateia-me o julgamento que existe hoje em dia”, referiu Luísa Sobral.
O público foi acompanhando a artista, que também solicitou a participação da plateia. No final, Luísa Sobral e a sua banda foram brindados com uma valente salva de palmas.
Celebrar o amor
Os caldenses Fernando Gaspar e Elsa Faria vieram “aproveitar para celebrar o amor”. A história de como este casal se conheceu é curiosa e atribulada e passou-se há 40 anos.
Fernando Gaspar tinha mudado para o Externato Cooperativo da Benedita e, ainda não sabia, mas “estava lá o cupido à minha espera”.
“Um dia, no meio de uma briga de rapazes, ela foi alvo de uma coisa que eu tinha atirado. Fui-lhe pedir desculpa e conhecemo-nos”, contou ao nosso jornal.
Casados há mais de 30 anos, fazem questão de assinalar todos os anos o São Valentim. “Temos um ritual que é fazer um jantar especial só os dois”, confidenciaram.
Sobre o concerto, acharam que era “apropriado” à data. “Gostámos de vários temas, não conhecíamos muitas músicas, só uma ou outra que dá na rádio e não estávamos à espera de gostar tanto, foi uma boa surpresa!”, exclamaram.
Também Raquel Gama e Cláudio Dellavalle, que vivem em São Martinho do Porto, vieram celebrar o seu amor. “Foi um concerto muito bom, gostei e acho que se adequa ao São Valentim”, disse. Os temas sobre a mulher no Afeganistão e sobre ser mãe foram os que mais apreciaram.
Já Bárbara e Pedro Mendes vieram da Marinha Grande para este concerto. “Não viemos especificamente para celebrar o amor, mas sim porque gostamos muito da Luísa Sobral e, como estava perto, decidimos vir vê-la”, explicaram estes fãs, que até já conheciam as músicas do novo álbum.
“Gostei muito do concerto, a música “Serei Sempre Uma Mulher” é muito interessante e muito forte”, realçou Bárbara Mendes. ■






























