Paulo Ribeiro eleito presidente do CA do Montepio RDL

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Assembleia eleitoral decorreu na sede da instituição ao longo do dia. Seguiu-se a tomada de posse.

Lista única, de continuidade, obteve 101 votos dos 110 votantes que participaram no ato eleitoral

Paulo Ribeiro foi eleito na passada quinta-feira, 19 de dezembro, como novo presidente do Conselho de Admnistração do Montepio Rainha D. Leonor.
Num ato eleitoral que decorreu na sede da associação, ao longo do dia, foram registados os votos de 110 sócios, sendo que a lista, única, obteve o voto favorável de 101 sócios. Registaram-se ainda seis brancos e três nulos.
No final do ato eleitoral, foi dada posse aos novos órgãos sociais da instituição, numa cerimónia formal. No sábado realizou-se a cerimónia pública de tomada de posse, na Festa de Natal da instituição, que decorreu no novo edifício.
Paulo Ribeiro destacou o “orgulho e responsabilidade” em assumir a direção de uma instituição que é “um pilar da nossa comunidade, uma verdadeira força coletiva que, há décadas, transforma a vida de milhares de pessoas no concelho das Caldas da Rainha e em toda a região”.
O novo presidente diz que representam “a união de cerca de sete mil associados”, notando que no último ato eleitoral existiam dois caminhos, com duas listas a votos, neste caso, houve a união dos associados em torno do trabalho que começou a ser desenvolvido há quatro anos e ao qual o novo presidente pretende dar continuidade.
Paulo Ribeiro reconhece que “a chegada de novos grupos privados ao setor da saúde na nossa região poderá representar uma ameaça direta ao modelo de proximidade e acessibilidade que construímos”.
Ainda assim, afirma, “não aceitaremos que este modelo seja colocado em risco”.
O novo presidente do CA aponta ainda o dedo à Câmara Municipal das Caldas, referindo que “a falta de apoio da Câmara Municipal, nomeadamente ao não comparticipar os montantes a que o Montepio no âmbito da sua atividade social tem direito, contribuiu para o estrangulamento financeiro da Instituição, enfraquecendo a nossa capacidade de investimento” e que “esta falta de apoio atrasou inevitavelmente a realização dos projetos necessários para a aprovação da “Nova Unidade de Saúde” nas entidades competentes”. Paulo Ribeiro diz que “esta política assumida pelo município acelerou a vinda de novos grupos privados na área da saúde, colocando no horizonte a privatização total dos cuidados de saúde nas Caldas”.
Lamenta que o Montepio seja “a única IPSS do concelho que, nos últimos três anos, não recebeu qualquer apoio da Câmara Municipal, apesar de cumprirmos todos os critérios e termos uma atividade essencial para a comunidade”, esclarecendo que investiram mais de meio milhão de euros em obras sociais, “que deveríamos ter visto comparticipados em 50 por cento pelo Município, uma vez que cumpre os critérios de atribuição de comparticipações e apoios”.
Destacando “o impacto direto na economia local de 10 milhões de euros anuais e benefícios indiretos que ultrapassam largamente esse valor”, frisa que a instituição emprega atualmente 244 pessoas diretamente, às quais se juntam mais de 100 prestadores de serviços. “Não somos um hospital privado, somos uma mutualista e isso reflete o nosso compromisso com as pessoas e não com o lucro”, ressalva.
João Sá Nogueira, que deixa o cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral, disse que “foi uma experiência muito gratificante”, deixando as maiores felicidades a quem o sucede.
Francisco Rita, que ocupará o seu lugar, deixando o cargo de presidente do CA, afirmou a sua confiança na equipa que assume agora a liderança da instituição.
A abnegação, resiliência e retidão de João Sá Nogueira foram destacados por todos os presentes. “Fica na história do Montepio Rainha D. Leonor, deixa a sua marca”, afirmou o novo presidente do CA, Paulo Ribeiro. ■

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