Secretário geral do PCP esteve nas Caldas, no sábado de manhã, em ação junto da população na Rua das Montras e Praça da Fruta
Paulo Raimundo, acompanhado por uma comitiva de algumas dezenas de militantes e simpatizantes comunistas, percorreu, durante a manhã de sábado, as movimentadas Rua das Montras e Praça da Fruta, numa ação de contacto com a população. Durante perto de uma hora distribuiu panfletos, alertou para a “situação do país e seus responsáveis” e até recebeu duas intenções de voto. “Foi um contacto para conhecer melhor esta realidade, mostrar as nossas propostas e para dar confiança e esperança na CDU para responder aos problemas que aí estão”, sintetizou o secretário geral do PCP no final da visita. Paulo Raimundo diz que as pessoas conhecem o trabalho que fazem, reiteradamente, junto da população e acredita que os apoios “vão crescer”, com “mais votos e mais deputados”, nas próximas legislativas, a que irão concorrer em coligação com “Os Verdes”.
No seu discurso, defendeu que é “urgente aumentar salários e pensões, valorizar quem trabalha, garantir reformas sem penalizações, dignas e que respondam às necessidades de todos os dias”. A necessidade de fixar profissionais de saúde e responder aos problemas dos utentes do SNS foi outra das preocupações apresentadas e que, de acordo com o dirigente comunista, terá resposta com a “urgente” construção de um novo hospital público, e com gestão pública, na região do Oeste. Criticando as posições do PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal, ao porem “a saúde um bocadinho em segundo plano” e que querem “é uma oportunidade de negócio para o setor privado”, Paulo Raimundo defende que o principal é que este assente em três pressupostos: construção pública, gestão e funcionamento público e que garanta a resposta pública que é necessária ao conjunto dos habitantes do distrito, em particular da zona sul.
No dia em que se assinalava o Dia Internacional contra a Corrupção (9 de dezembro), o dirigente reconheceu que “não podemos viver confortáveis com os problemas que enfrentamos”, apontando o dedo às privatizações e defendendo que se devem atacar as suas causas e os responsáveis. “O tráfico de influências aquilo que faz é permitir que o interesse público esteja subordinado ao interesse económico”, referiu o político, acrescentando que a corrupção também se combate “atacando as injustiças e as desigualdades”.
“Não é possível termos milhões de euros por dia de lucros económicos da banca” e depois ter “milhares e milhares de pessoas apertadas sem conseguir aguentar a casa e milhares e milhares de pequenos empresários com muitas dificuldades para aguentar o seu negócio”, especificou. O dirigente comunista manifestou também que é “urgente” requalificar a Linha do Oeste e “travar esse pára-arranca das obras”, ao mesmo tempo que exigia resposta para o aumento de pobres no país, assim como das situações de injustiça e desigualdade.
A todos os que se sentem “zangados, traídos” e que foram levados pelo “canto de sereia” do PS, Paulo Raimundo deixou o apelo para que façam eleger deputados que se “coloquem ao serviço do povo e do país e não ao serviço da banca e dos grupos económicos”.
A ação, que decorreu nas Caldas, teve por lema “É hora de mudar de política” e integrou-se na atividade que o partido está a realizar pelo país, de esclarecimento das populações e os trabalhadores, e do projeto que tem para lhes dar resposta e “construir um Portugal mais justo e solidário”. ■





























