
De um Mercedes 190SL de 1956 a carros com 20 anos, viu-se meio século de evolução automóvel
No estacionamento da igreja do Senhor Jesus da Pedra, em Óbidos, na manhã do passado sábado, dia 29 de março, vemos um cenário diferente do habitual, com cerca de 120 carros de fabrico alemão.
Os automóveis permitem perceber a evolução no setor num período a rondar os 50 anos, desde a década de 50 do século passado até ao início deste milénio.
Entre os participantes o carro mais antigo era um Mercedes 190SL, de 1956. Trata-se de um descapotável e é o primeiro da série SL da marca.
Depois vemos os sempre emblemáticos primeiros Porsche, os 356, que são o início do mundo desta marca e “um espelho qualidade da indústria automóvel alemã, reconhecida por todos”.
Destaque ainda para um Mercedes Coupe Sec, um V12, com 6000 cm cúbicos e uma potência extraordinária.
Mas entre os participantes vemos ainda os Volskwagen mais icónicos, entre os quais, os Beetle, tipicamente chamados de Carocha (o original e a segunda geração, lançada na transiço do milénio) e as carrinhas T2, normalmente conhecidas como as “Pão de Forma” pela seu formato.
Filipe Galvão, do Automóvel Club de Portugal, frisou que todos os participantes trazem “carros de origem alemã, que estão em Portugal há muitos anos, e os inscritos começam com viaturas dos anos 50 e vêm carros com 20 anos, os futuros clássicos, que têm caraterísticas especiais”.
O mesmo responsável notou a presença de várias marcas, “com o maior destaque para a Mercedes, a seguir a Porsche e depois então a BMW e a Audi”.
Filipe Galvão realça ainda a participação de um Borgward Isabella Coupe, de 1960, “que é fora do comum, um carro não se vê muito e que está aqui com orgulho”.
A maior parte dos participantes, conta-nos, era da zona de Lisboa, havendo também participantes da região Oeste e de outros pontos do país.
Em relação ao percurso, que se iniciou com a concentração do grupo do Estádio Nacional de Lisboa e saiu pelas 10h00 da Praça da Tribuna, na capital, disse que “percorre algumas Estradas Nacionais, com alguma sinuosidade nas suas curvas, para ter algum prazer de condução. Acabámos de atravessar a Serra de Montejunto, que é uma paisagem lindíssimo, com o sol que temos hoje, dá umas imagens fantásticas, e chegámos aqui a Óbidos e à igreja do Senhor Jesus da Pedra”.
Neste local, Carlos Ribeiro, fundador do Óbidos Off Road Center, deu uma explicação sobre a História de Óbidos e do templo onde estavam reunidos os 120 “alemães”.
Filipe Galvão disse que Carlos Ribeiro e o Óbidos Off Road Center, na Usseira, “é um parceiro privilegiado nosso nesta zona, que faz questão de nos receber muito bem aqui, mostrar o que faz e o que existe na zona, contar-nos pequenas histórias”.
Frisou ainda a boa relação entre o Automóvel Club de Portugal e a região Oeste. “Sempre que podemos vimos aqui, porque para este tipo de eventos esta é uma zona privilegiada, tem muita história, tem ótimas estradas, enquanto que para o Sul entramos em zonas de reta mais monótonas e com menos história para contar. Em termos deste tipo de passeios, Lisboa está muito virada para o Oeste”, afirmou.
Depois das explicações históricas, o grupo prosseguiu a sua viagem em direção a um almoço no Hotel Evolutee, na zona da Lagoa de Óbidos.






























