Partidos acusam Vamos Mudar de faltar à verdade sobre Hospital do Oeste

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Movimento criticou a ausência da construção do novo hospital dos programas eleitorais. Partidos reagiram e movimento esclareceu

Depois de o Vamos Mudar ter criticado a ausência do tema do novo hospital do Oeste nos programas eleitorais das candidaturas às legislativas, a CDU e o Chega reagiram, acusando o movimento de faltar à verdade. Outros partidos também questionaram a posição do movimento, que, entretanto, veio a público esclarecer a polémica.
Em comunicado, a CDU “deplora e rejeita as declarações” do movimento em que acusa de forma geral os partidos políticos por não incluírem nos seus programas eleitorais a construção do novo Hospital do Oeste”, referem os comunistas. “Só uma irresponsável “ligeireza” ou um total desconhecimento das posições e programas eleitorais do PCP e do PEV, bem como dos compromissos da CDU para a região de Leiria, pode explicar tal afirmação que é tão mais irresponsável e grave quando proferida em plena campanha eleitoral”.
A CDU realça que tal está patente em documentos partidários oficiais e em posições assumidas nas Assembleias Municipais do distrito de Leiria, incluindo nas Caldas, mas também na Assembleia da República em várias propostas de resolução e em propostas de alteração aos Orçamentos do Estado.
“Mas se não basta o património de muitos anos de luta e posições da CDU pela construção de um novo Hospital na região Oeste e pela defesa do Serviço Nacional de Saúde para provar a falsidade e injustiça das declarações do Movimento Vamos Mudar”, a CDU informou que o Compromisso Eleitoral Nacional afirma a proposta de “Concretizar no imediato as infraestruturas já decididas e programar o conjunto de outras, inclusive obras de reabilitação e requalificação do parque de instalações do SNS”. Por outro lado, “no folheto de campanha que está a ser distribuído em todo o distrito de Leiria (e que dirigentes do referido movimento já tiveram oportunidade de receber por terem contactado com equipes da CDU que o distribuíam) e que reúne apenas algumas das mais importantes propostas da CDU, figura a proposta da “Construir um novo Hospital na Região Oeste, integrado no Centro Hospitalar do Oeste”.
O Chega chamou a atenção para as “100 medidas de governo” propostas pelo partido onde é “explicitamente defendida a construção do novo Hospital do Oeste”. No referido documento lê-se que o Chega pretende “acionar todos os mecanismos legais necessários que garantam a célere construção ou conclusão de novas unidades hospitalares constantemente prometidas e adiadas pelos sucessivos governos, como por exemplo o Hospital de Barlavento Algarvio, o Hospital Central do Alentejo ou o Hospital do Oeste”. O Chega “considera a construção do novo Hospital do Oeste como uma medida absolutamente prioritária relativamente às de mais”.
Entretanto, o VM veio realçar que se verifica que “nenhum dos partidos se refere a essa medida concreta nos seus programas eleitorais para as legislativas.” O movimento realça que “o padrão de construção do documento eleitoral não é uniforme e, nalguns casos, esse documento refere-se a medidas genéricas no âmbito do SNS, admitindo-se que não fosse obrigatória haver essa referência explícita no primeiro documento.”
O movimento liderado por Vítor Marques admite, ainda assim, que no caso do PS, há essa referência concreta no programa eleitoral e que “o PCP é o partido mais consequente nos seus propósitos de defesa do novo Hospital do Oeste” e que “foi, efetivamente, o único partido que assumiu uma iniciativa legislativa com vista a solucionar a necessidade de construção dum novo Hospital no Oeste”. ■

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