Executivo quer retirar carros do centro da cidade e PSD fala em agravamento das condições de estacionamento
O executivo municipal quer alterar o PDM do local atualmente usado para estacionamento, junto à PSP, e zona envolvente, de modo a permitir a construção de uma avenida, entre a rotunda da Avenida Pedro Cardoso, junto à OesteCIM, e a existente junto ao Hotel Cristal. A alteração ao plano diretor, que agora apenas ali prevê a criação de equipamentos, permitirá também a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, pago, e de uma praça no piso térreo.
O PSD votou contra a proposta, em sessão de Câmara, por considerar “inadmissível” a retirada “daquela bolsa de estacionamento gratuito (que dá apoio nomeadamente aos funcionários de serviços e comércio para além de moradores) sem criar novas soluções de gratuitidade”.
Os vereadores sociais-democratas entendem que se “agravam as condições de estacionamento” com a opção da gestão Vamos Mudar em “abdicar do projeto do silo automóvel com 416 estacionamentos gratuitos em frente à estação para vender o terreno para um prédio”. Questiona o executivo sobre as reais implicações de alteração ao PDM, nomeadamente na constituição de direitos, e defende uma discussão mais alargada sobre o assunto.
Os sociais-democratas reconhecem ainda que, nos mandatos anteriores, a Câmara gerida pelo PSD defendeu uma praça naquele local e “eventual parque misto, subterrâneo e ao ar livre, gratuito, nomeadamente aproveitando a desnível do terreno”.
Parques na periferia
O presidente da Câmara, Vítor Marques, realça que a opção do executivo vai ao encontro do delineado no Plano de Mobilidade, aprovado em 2019, que prevê para aquela área um estacionamento subterrâneo pago. “Não alterámos absolutamente nada. Vai ao encontro do plano e as pessoas que estão a votar contra são as mesmas que aprovaram o Plano de Mobilidade em 2019”, sustenta.
De acordo com o autarca estão a ser trabalhadas soluções para arranjar espaços de estacionamento, gratuitos, na periferia da cidade, e que tenham transporte para o centro. “Quando o parque de estacionamento foi feito naquela zona [junto à PSP] era uma zona mais periférica, mas a cidade tem crescido e há a necessidade de fazer ali uma avenida, com uma praça, para a requalificar”, explicou à Gazeta das Caldas.
A primeira intervenção a realizar será a abertura da avenida, que Vítor Marques gostaria de ver concretizada ainda durante este mandato.
“Não queremos trazer mais carros para o centro da cidade”, afirma o autarca, adiantando que a criação de um silo automóvel, no final da Avenida 1º de Maio, com capacidade para mais de 400 lugares de estacionamento, foi substituída para construção de um prédio, com cerca de 70 lugares de estacionamento. No final da Rua 15 de agosto, será construído um parque de estacionamento subterrâneo, com capacidade para mais de 300 lugares, encimado por uma praça. Esta solução pretende dar resposta também aos utilizadores da Linha do Oeste, que está a ser eletrificada.
Em obra está também a ponte pedonal sobre a linha, que permitirá uma maior acessibilidade entre o parque de estacionamento e a zona central da cidade. Esta nova ponte contará também com três elevadores, um em cada ponta e um na plataforma, possibilitando melhores condições de mobilidade aos utilizadores da ferrovia. ■































