
Intercâmbio entre cursos profissionais das entidades vai manter-se e decorrer no segundo ano da formação
Durante o ano letivo passado, os alunos do primeiro ano do curso de Mecatrónica Automóvel da Secundária Bordalo Pinheiro aprenderam, no Cenfim, Práticas Oficinais de Metalomecânica. Por seu lado, os alunos do 1º ano de Técnico de Manutenção Industrial do Cenfim vêm à Secundária aprender Introdução à Mecatrónica Automóvel.
Esta parceria – de três horas semanais e que tem 45 horas no total- foi um “êxito”, a tal ponto que terá continuidade, estendendo-se também aos segundos anos dos cursos. “A experiência piloto correu muito bem e queremos que prossiga o intercâmbio”, disseram Jorge Pina, diretor do Agrupamento Bordalo Pinheiro e Vítor Lapa, diretor do Cenfim das Caldas. Desta forma, em vez dos 40 estudantes envolvidos nesta parceria, neste ano letivo, serão 80 os envolvidos no intercâmbio.
A iniciativa conta com o apoio da União de Freguesias de N. Sra. Pópulo, Coto e S. Gregório que assegura o transporte dos formandos .
“Estamos muito satisfeitos pois os alunos estão a gostar da proposta formativa que envolve o intercâmbio”, disseram os diretores, apostados em que esta experiência possa ter continuidade e porque também aposta na inovação.
Os estudantes veem que as entidades estão apostadas em lhes proporcionar formação complementar. Além do mais, na Bordalo Pinheiro, os formandos têm acesso a novos equipamentos do Centro Tecnológico Especializado “onde temos a oficina remodelada e simuladores de última geração, “algo que é bastante apelativo para os jovens”, referiu Jorge Pina.
Por seu lado, Vítor Lapa conta que o alargar de competências que este intercâmbio lhes dá, “é muito útil para o CV e abre-lhes mais oportunidades de trabalho”.
O responsável referiu também que tem muitos candidatos da Bordalo Pinheiro destas áreas a integrar os seus cursos de nível V.
Os estudantes da Bordalo que não seguem para o ensino superior têm uma taxa de 100% de empregabilidade. “Estes têm emprego imediato”, referiu Jorge Pina acrescentando que este complemento é muito importante e abre-lhes um leque de mais oportunidades.
Os alunos da Mecatrónica Automóvel têm depois estágios em empresas de Peniche, Lourinhã, Caldas, e Benedita.
Como o curso inclui formação em contexto de trabalho “tentamos ter sempre em conta o interesse e a disponibilidade de deslocação do formando”.
Também o curso de Mecatrónica Industrial tem alta empregabilidade e, segundo Vítor Lapa, os formandos do centro de formação intercalam a formação no Cenfim com o estágio nas empresas “tendo assim a oportunidade de colocar em prática o que vão aprendendo no centro”. Os formandos estagiam em empresas dos concelhos das Caldas, Óbidos, Bombarral, Cadaval, Alcobaça e Rio Maior.
Os dois responsáveis consideram que a formação que liga as entidades com as empresas só traz vantagens aos alunos pois dá-lhes a possibilidade de contactar com o mercado de trabalho em contexto real.
Jorge Pina e Vítor Lapa defendem uma maior ligação entre as suas entidades e as empresas e veem vantagens em aumentar as horas nas empresas ao longo da formação dos jovens. Este modelo permite um contato permanente com o formando, e é também um estímulo para “a empregabilidade segura” já que têm um contacto permanente durante os três anos de formação”, remataram.






























