Os cinco elementos de três partidos – PS, Caldas+Rainha e Chega – pedem esclarecimentos antes de aprovação
O orçamento da Junta de Freguesia de Santa Catarina para o ano de 2023 foi chumbado pela oposição na Assembleia de Freguesia, que se realizou na noite de 22 de dezembro no Salão Nobre da Junta.
A autarquia foi conquistada pelo PSD, com uma lista encabeçada por Fernando Fialho, nas últimas autárquicas, depois de 12 anos de liderança na figura de Rui Rocha (CDS/PP). Os social-democratas obtiveram 629 votos (38,76%) e elegeram quatro elementos para a assembleia. Só que a oposição uniu-se e, dessa forma, vetou o orçamento. É que o PS, com 362 votos, a coligação Caldas+Rainha, com 344 votos e o Chega, com 198 votos têm cinco lugares na Assembleia da Freguesia, com 2 mandatos para cada um dos dois primeiros e um mandato para o Chega. O chumbo do Orçamento deveu-se à necessidade de mais esclarecimentos.
“Queremos ouvir as ideias, discutir e, se acharmos que devemos acrescentar algo, sugeri-lo, caso contrário, não temos motivo para não aprovar, o objetivo não é prejudicar, não é mandar ninguém embora, queremos estar esclarecidos e envolvidos”, explicou Luís Marques, do PS, à Gazeta das Caldas, criticando, ainda, a postura do executivo que “trabalha como se tivesse a maioria”.
“Quando acabam as eleições, acabam as cores dos partidos”, defendeu, apontando o dedo ao PSD que “esteve 12 anos na oposição a criticar a falta de abertura de quem estava no poder e agora está a fazer igual ou pior”.
Miguel Dias, do Chega, também explica a não aprovação com o “desconhecimento ao detalhe do conteúdo”, queixando-se que “o documento não era esclarecedor”. E, “como não foi apresentado para discussão, mas sim para votação, esta foi a melhor metodologia”, esclareceu.
“Não estamos a fazer figura de corpo presente”, disse o autarca, até porque, reitera, “a oposição representa a maioria da população da freguesia”.
O presidente da Junta, Fernando Fialho, explicou ao nosso jornal que já estava agendada uma reunião para esclarecimentos e que, posteriormente, iria ser marcada nova data para a assembleia. “Não aconteceu nada relevante, a oposição tem a maioria e queria mais explicações”, disse, notando que não houve objeções contra nada no documento que espera que seja aprovado sem grandes alterações. ■






























