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A Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) quer afirmar a região ao nível do turismo, mas ainda não deverá ser este ano que o Oeste terá uma presença forte na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). De acordo com o seu presidente, Pedro Folgado, o Conselho Intermunicipal irá discutir, em breve, a melhor forma de fazer essa promoção, mas está em cima da mesa a possibilidade da criação de uma associação.
Os autarcas terão que decidir se querem envolver privados e qual a participação que estes devem ter.
“Julgo que faz sentido trazer privados para a futura associação pois há competências que não temos”, disse Pedro Folgado à Gazeta das Caldas. Entre os privados a incluir estarão as agências de viagens, operadores turísticos, hotéis e restauração.
Questionado sobre a presença do Oeste na BTL, que irá decorrer de 28 de Fevereiro a 4 de Março, e cuja participação em anos anteriores (integrada no Turismo do Centro) tem gerado críticas por ser mínima, o responsável disse que não sabe se irão a tempo de “ter um espaço digno e aliciante” na feira deste ano. Em causa está o facto de ter havido eleições autárquicas e dos novos presidentes de Câmara terem tomado posse recentemente e de este ser um processo que já devia de ter sido iniciado.
Pedro Folgado admite que o Turismo do Centro, pela sua dimensão (abrange 100 concelhos), não consiga chegar a todo o lado pelo que pretendem afirmar-se enquanto região, “em uníssono” e com toda a diversidade que os 12 municípios possuem. “Sentimos que estar só no Turismo do Centro não alavanca, em termos de turismo, o Oeste, pelo que temos que aproveitar muito a fileira de Lisboa”, disse.
Também à espera da decisão da OesteCIM está o vereador com o pelouro do Turismo na Câmara das Caldas, Hugo Oliveira. Ainda assim, o autarca reconheceu que gostaria que as Caldas tivesse uma “presença mais forte” na BTL e que em breve esse assunto será também tratado na autarquia.
ÓBIDOS AVANÇA SOZINHO
Já Óbidos “está a trabalhar afincadamente na internacionalização, quer na dimensão turística quer nas dimensões de todo o território”, disse o presidente da Câmara, Humberto Marques à Gazeta das Caldas. O autarca diz que a Associação de Turismo de Óbidos, que está a ser reactivada, terá um papel importante nesse impulso de promoção, pois será a partir dela que farão uma candidatura para fundos comunitários para a realização de acções de internacionalização, complementares às que o Turismo de Portugal e do Centro têm estado a fazer.
“Óbidos já tinha este dossier pensado há mais tempo e havia um conjunto de investidores, pelo que entendi que não devia de estar à espera de uma possível acção colectiva do Oeste para avançar”, explicou Humberto Marques.
O autarca obidense acompanha a crítica que é feita à participação do Oeste na BTL, embora reconheça que “num território com 100 municípios se torne difícil declinarmos a especialidade de cada concelho”. Considera que o Turismo do Centro está a trabalhar bem em termos de internacionalização do território e que os actores locais devem complementar, com as suas especificidades.
