Oeste tem vindo a acolher cada vez mais cidadãos estrangeiros

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No concelho das Caldas o número de cidadãos estrangeiros praticamente duplicou em cinco anos, atingindo em 2020 um total de 3610. Brasil e Reino Unido são os principais locais de origem

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos à população estrangeira com estatuto legal de residente a nível nacional permitem perceber que o Oeste continua a receber cada vez mais forasteiros que escolhem esta região para viver.
Há cinco anos, estavam identificados 12.092 cidadãos estrangeiros no conjunto dos doze concelhos da Comunidade Intermunicipal do Oeste, um número que aumentou para os 21199 em 2020 (últimos dados disponíveis) e que corresponde a um acréscimo de cerca de 75%. De resto, a tendência tem sido todos os anos de aumento.
O principal país de origem destes estrangeiros é o Brasil, onde o fluxo de cidadãos para esta região tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2020 existiam 6.750 brasileiros registados em Portugal quando há cinco anos atrás esse número rondava os 3.051.
Comparando com 2014 é possível perceber que os fluxos da Ucrânia e da Roménia, de onde também vinham muitas pessoas, abrandaram nos últimos anos. Segundo os dados do INE, a tendência agora tem sido também a vinda de cidadãos britânicos.
Num comparativo por concelhos percebe-se que o município de Torres Vedras é aquele onde mais estrangeiros residem, num total de 4.929 pessoas, que correspondem a praticamente um quarto do total oestino. Segue-se o concelho das Caldas, onde no último ano existiam 3610 estrangeiros registados. Significa isto que perto de 17% dos estrangeiros que vivem na região escolheram as Caldas como casa.

Caldas é o segundo concelho do Oeste com mais estrangeiros com estatuto legal de residente

Mais de mil (perto de um terço) vieram do Brasil, encontrando aqui melhores condições de vida, hospitalidade e segurança, além da facilidade da língua. Por outro lado, quase 600 vieram do Reino Unido, neste caso, na maioria, em busca do sol e de um custo de vida mais baixo, mas com qualidade, para passar a reforma.
Nas Caldas da Rainha, no último ano, estavam registados ainda 322 cidadãos ucranianos, 82 da China, 74 de Angola, 58 da Roménia, 56 da Guiné Bissau, 23 de Cabo Verde e 21 de São Tomé e Príncipe.
A estes estrangeiros, o INE acrescenta ainda 1294 de “outros países”, que não aparecem listados.
Neste município a evolução em cinco anos também demonstra um acréscimo para o dobro do número de cidadãos estrangeiros registados, uma vez que em 2015 esse dado se fixava nos 1.750 no concelho termal.
Em Alenquer foram registados 3.139 estrangeiros no último ano, em Alcobaça 2.479 e na Lourinhã 1.578. Seguem-se os municípios de Peniche (1.430), Nazaré (982) e de Óbidos (944). Arruda dos Vinhos tinha, em 2020, 726 estrangeiros registados, o Bombarral tinha 566, o Cadaval tinha 435 e Sobral de Monte Agraço tinha 381. ■

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