Oeste já está integrado no Catalisador Regional de Inovação do Centro

0
369
Os representantes das instituições que protocolaram o CR Inove - Oeste

Organismo visa aproximar o conhecimento académico das empresas para acelerar a inovação

O Oeste já faz parte, desde o passado dia 7 de dezembro, do CR Inove – Catalisador Regional de Inovação do Centro, com a formalização do protocolo entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM), o Politécnico de Leiria e um conjunto de associações empresariais.
O CR Inove é composto por uma rede informal de entidades do Sistema Regional de Inovação, que pretende promover um processo estruturado de cooperação e partilha de informação entre as Comunidades Intermunicipais, as entidades do sistema científico e tecnológico e as empresas da Região Centro. O processo é coordenado em cada sub-região por um dinamizador sub-regional, que no Oeste será Sérgio Félix, secretário-geral da AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste.
Eduardo Castro, vice-presidente da CCDR Centro, diz que a interação entre quem produz inovação e tecnologia e quem tem que a utilizar “é muito mais fraca e ténue do que seria desejável”, pelo que a missão do CR Inove é facilitar e potenciar essa ligação.
O dirigente reconhece que, na sua esfera de influência, o Politécnico de Leiria tem “fama merecida de ligação forte com a sociedade, mas um raio de influência pequeno”, que o programa pode dar um empurrão para fazer crescer. O grande objetivo do CR Inove é que o conhecimento gerado por qualquer instituição científica ou tecnológica da região possa chegar às empresas que dela precisam.
Eduardo Castro acrescenta que os indicadores de transferência de conhecimento para as empresas e o grau de tecnologia nas exportações são “muito abaixo da média europeia e do que precisamos para estar na economia do futuro”.
É por isso que este projeto faz sentido e não deve ser desperdiçado e o objetivo “é começar com coisas mais fáceis e que não demoram muito tempo”, acrescentou.
Sérgio Félix, que foi o escolhido para ser o dinamizador regional do CR Inove, realçou que a Federação das Associações Empresariais da Região Oeste (FAERO) já faz este trabalho no Oeste, pelo que alargar esse trabalho a todo o Centro “trará resultados”, mas lembrou que, numa próxima fase, a CCDRC terá que permitir avisos para que as empresas participantes tenham “mecanismos facilitados de financiamento do PT2030”.
Satisfeita com a adesão do Oeste à iniciativa, a presidente da CCDRC disse que a ligação entre as empresas e a estrutura científica “é imprescindível” para que Portugal possa fazer face à concorrência de países que estão a ultrapassar o nosso país na capacidade de produção. “O que nos dizem é que é isto que estes países fazem melhor do que nós”, alertou Isabel Damasceno, acrescentando que o CR Inove vai ajudar as empresas a criar valor acrescentado, a inovar, a criar novos produtos, a melhorar o design, “coisas que empresas têm dificuldade em fazer sozinhas”, uma vez que o tecido empresarial é, maioritariamente, composto por micro, pequenas e médias empresas.
Além da CCDRC, da OesteCIM e do Politécnico de Leiria, integram este programa a FAERO, o Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional, o Smart Farm Colab – Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura, a Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha, a Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, a Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste e a OBITEC – Parque Tecnológico de Óbidos.
O Oeste junta-se às sub-regiões de Aveiro, Leiria, Médio Tejo e Viseu Dão Lafões neste organismo, devendo as três restantes que compõem o Centro a 100 municípios formalizar a adesão ao programa até ao final do ano. ■

- publicidade -