A Região Oeste é a zona do país com menor número de médicos por habitante, segundo o Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde (RADIS), divulgado esta quarta-feira pela Convenção Nacional da Saúde (CNS) e citado pela agência Lusa.
De acordo com o documento, o Oeste conta apenas com 0,7 médicos por cada mil habitantes, um valor muito abaixo da média nacional, que se situa nos 2,1 médicos por mil habitantes. A título de comparação, a Região de Coimbra apresenta a maior concentração de médicos, com 4,1 por mil habitantes, enquanto o Alentejo e o Algarve também ficam abaixo da média (1,4 e 1,6, respetivamente).
O relatório, que analisa o desempenho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na última década com base em 35 indicadores, destaca que, apesar de o número de médicos e enfermeiros ter quase duplicado no país, persistem fortes desigualdades regionais.
Essas disparidades têm impacto direto no acesso aos cuidados de saúde especializados e no tempo de resposta dos serviços. A CNS alerta para a necessidade de políticas específicas de atração e fixação de profissionais de saúde nas regiões mais carenciadas, como o Oeste, de modo a garantir uma maior equidade territorial no SNS.
O documento aponta ainda que o reforço da capacidade assistencial nacional se deve a políticas públicas de resposta ao envelhecimento da população, às doenças crónicas e às exigências criadas pela pandemia, mas reconhece que subsistem “dificuldades sérias” no acesso a especialidades médicas em várias zonas do país.































