
Empreiteiro abandona os trabalhos. Câmara vai agir judicialmente e terá de abrir um novo concurso público
As obras de remoção do telhado do Pavilhão Municipal do Bombarral, que possui, ainda, a cobertura original de fibrocimento, foram abandonadas pelo empreiteiro e agora a Câmara terá que lançar um novo concurso público para a conclusão dos trabalhos. Ao concurso público da obra de 300 mil euros concorreram mais cinco empresas e a rescisão de contrato por incumprimento contratual da adjudicatária vai, agora, para a alçada da justiça.
Adjudicada a 7 de julho do ano passado à empresa Mundimat, Lda de Palmela, por 276.310,58€, mais IVA, a empreitada deveria demorar quatro meses. Os trabalhos consistiam na remoção das coberturas em fibrocimento, substituindo-as por painéis ‘sandwich’ autoportante, com dupla face metálica e com núcleo isolante. Estava ainda no caderno de encargos a remoção das coberturas em policarbonato, substituindo-as por com estrutura de tripla parede. Para além da remoção dos tubos de queda, limpeza e recolocação, a obra incluía a implementação de uma solução de produção de água quente sanitária através de um sistema que promova a eficiência energética tendo em conta à diminuição do consumo de energia.
Inaugurado pelo Município do Bombarral em 1996, o Pavilhão Desportivo Municipal presta apoio, durante o dia, à disciplina de educação física da Escola Básica e Secundária Fernão do Pó. À noite é usado por muitos atletas do Sport Clube Escolar Bombarralense para a prática desportiva, o que obrigou o clube a usar outros espaços dos concelhos de Cadaval e Óbidos. Com este interregno das obras, houve também o reinício da atividade no pavilhão, que estava fechado há vários meses para a concretização da empreitada.
À Gazeta, o presidente da Câmara Municipal justifica que o aparecimento do novo coronavírus provocou rotura no fornecimento de diversos materiais para a construção civil levando ao aumento do preço.
“Empreitadas assumidas por determinado valor e prazo de conclusão começaram a entrar em derrapagem. Perante a incapacidade de levar a obra a bom porto, lamenta-se que a empresa tenha protelado a situação, causando claros prejuízos para os alunos e instituições que utilizam o pavilhão para a prática desportiva”, lamenta Ricardo Fernandes. E garante que a autarquia vai agora “agir judicialmente contra a empresa faltosa”. ■






























