Obras na avenida 1º de Maio vão durar até Janeiro de 2014

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A imagem, vista do lado da estação, mostra como ficará a Avenida 1º de Maio em 2014 após as obras de regeneração urbana em curso, que tanta dor de cabeça têm dado aos residentes, comerciantes e população que trabalha nos serviços desta zona da cidade.
Se tudo correr como previsto, haverá dentro de alguns meses menos carros, maiores passeios e espaços para os peões circularem. O reverso da medalha é que as obras vão durar até Janeiro de 2014 e nelas não está contemplado, para já, nenhum novo estacionamento para colmatar os lugares que vão desaparecer na avenida. Só em Dezembro do próximo ano é que deverá estar concluído o parque de estacionamento subterrâneo da Praça 25 de Abril, uma obra que vai custar 4 milhões de euros e que vai arrancar antes do final do ano.
Na cidade, os trabalhos de regeneração estão orçados em 10 milhões de euros e a Câmara estima que a taxa de execução seja neste momento da ordem dos 40%.
As obras terão que estar terminadas em finais de 2014.A intervenção na Avenida 1º de Maio deverá estar concluída no final de Janeiro de 2014. De acordo com o presidente da Câmara, as obras “decorrem a bom ritmo”, sendo já visível o alargamento dos passeios que depois serão ornamentados com mobiliário urbano.
Esta intervenção em alguns locais decorre também ao nível do subsolo, com a separação dos esgotos das águas pluviais, e permitirá disciplinar o trânsito.
O estacionamento vai passar a ser feito na perpendicular e em frente à estação ferroviária haverá uma rotunda.
A Rua da Estação também vai ser intervencionada a partir de meados de Novembro e, como as obras se estendem ao subsolo, deixará de ser possível circular naquela artéria durante um período de cerca de dois meses.
A intervenção não prevê o alargamento da via, apesar da autarquia ter reunido com a Refer para saber da possibilidade de o fazer. “Foi-nos dito que no momento não podiam responder favoravelmente porque estão a fazer o projecto para a eventual duplicação e electrificação da linha até às Caldas da Rainha e não sabem se aquele espaço será, ou não, necessário”, explicou Tinta Ferreira. O autarca adiantou ainda que a empresa que gere as infra-estruturas ferroviárias admite voltar a falar sobre o assunto depois do projecto para a Linha do Oeste estar concluído e candidatado a fundos comunitários.
O final da obra na Avenida será coincidente com o início da do parque de estacionamento subterrâneo que será feito na Praça 25 de Abril, prevista para o final de 2013. De acordo com Tinta Ferreira, nas próximas semanas a empresa caldense José Coutinho (que ganhou o concurso para a construção do parque mas que entretanto entrou em insolvência) entregará uma proposta para a Câmara analisar e que poderá passar pela execução da obra por parte desta empresa em colaboração com uma outra, ou pelo trespasse a outra empresa.
A construção do parque de estacionamento, cujo valor será de cerca de 4 milhões de euros, é a intervenção de maior dimensão da regeneração urbana e implicará uma alteração significativa no trânsito naquela zona. Durante esta altura será também intervencionada a Rua Eng. Duarte Pacheco.

Praça deve deslocalizar-se para trás do Chafariz das Cinco Bicas

A Praça da Fruta vai para obras a 7 de Janeiro de 2014. No entanto, estavam previstas já para esta semana a realização das primeiras sondagens nas ruas circundantes.
Estas intervenções não colocam em causa o funcionamento do mercado, que deverá ali permanecer até inícios do próximo ano. Com o início da obra, a praça deverá passar para um local próximo, provavelmente o largo atrás do Chafariz das 5 Bicas, mas a Câmara ainda está em negociações com a administração do CHO nesse sentido.
“Queremos que a alteração seja curta pois pretendermos que o fluxo de clientes à praça não se desvie daquela zona”, disse Tinta Ferreira, garantindo que estão a fazer todos os esforços para que isso não aconteça.
O autarca é favorável à construção de um parque subterrâneo na Praça da Fruta, mas explica que neste momento não existem condições financeiras para o executar. “Terá que ser sugerido, eventualmente, numa outra candidatura a fundos comunitários pois não é possível ser feito apenas com dinheiros próprios do município”, disse, acrescentando que quando foi decidida e aprovada esta candidatura da regeneração urbana não constava essa opção. Para além disso, uma obra desse teor terá que ter um projeto específico e a sua construção será muito demorada.
Tinta Ferreira considera ainda que esta deslocalização do mercado durante seis meses poderá também servir para avaliar qual a consequência de uma obra de maior dimensão naquele local.
Para Dezembro está previsto o início das obras na Rua de Camões e o seu encerramento à circulação automóvel. No entanto, de acordo com o autarca, estão garantidos espaços de passeio para as pessoas circularem e terem acesso aos estabelecimentos comerciais.
Em andamento estão também as obras no Espaço Turismo, ao cimo da Praça, e do Edifício dos Produtos Regionais, junto ao Mercado do Peixe. A primeira deverá estar concluída em finais de Janeiro e a segunda em finais de Março, devendo contribuir para uma “melhoria da atracção dos caldenses a zona comercial da cidade”.
Outras ruas intervencionadas no âmbito da regeneração urbana já se encontram abertas ao trânsito sem que estejam completamente terminadas, faltando o mobiliário urbano, os candeeiros e as passadeiras adequadas a invisuais. Tinta Ferreira explica que o fornecimento de mobiliário urbano tem que ser em conjunto, pelo que será colocado todo de uma vez.
O autarca salienta que actualmente é prematuro fazer uma avaliação global das obras da regeneração urbana que só terminam no final do próximo ano e apela à paciência dos cidadãos até ao resultado final. “Será um ano difícil do ponto de vista da circulação”, reconhece, acrescentando que durante 2014 a Rua Heróis da Grande Guerra irá manter-se aberta à circulação automóvel.

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Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt

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