Obidense queixa-se de perseguição da GNR

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Durante o debate eleitoral organizado pela Gazeta das Caldas, Carlos Pinto Machado criticou a GNR

Carlos Pinto Machado diz que as suas declarações públicas levaram a perseguição e abuso de autoridade da Guarda

Carlos Pinto Machado, que foi candidato a presidente da Câmara de Óbidos nos últimos dois atos eleitorais, apresentou uma queixa à Guarda Nacional Republicana (GNR) por alegada perseguição e abuso de autoridade.

O queixoso conta que foi abordado por dois militares da GNR na manhã de 19 de outubro, na EN114, na zona da Amoreira e que lhe pediram os documentos da viatura. “De referir que a abordagem foi no mínimo estranha, e pareceu-me premeditada”, disse, explicando que apresentou “todos dos documentos solicitados, bem como a carta verde do seguro”, com “o correspondente recibo comprovativo de pagamento”, comprovando que o mesmo se encontrava válido até 16 de outubro de 2026.

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Diz ainda que foi surpreendido quando os militares lhe disseram que “não constava da plataforma de seguros que os mesmos tinham consultado” e que “ia ser autuado”. Acresce que “o documento único da viatura foi-lhe apreendido, bem como foi-lhe estabelecido a hora limite das 12h40m para colocar a viatura na morada do domicílio fiscal, ou seja, em Lisboa, correndo o sério risco de a mesma ser apreendida caso tal não acontecesse”. Carlos Pinto Machado frisa que “este ato impediu-me de honrar um compromisso profissional que tinha de cumprir, nesse dia e causou-me prejuízo profissional e pessoal”. Acresce que se viu obrigado a “cancelar e bloquear as Casas de Alojamento, no Concelho, por impossibilidade de me deslocar na referida viatura, que uso exclusivo para a minha atividade profissional”.

Na queixa apresentada, afirma ainda que “suspeita de estar a ser alvo de perseguição e de abuso de autoridade, por se tratar de uma personalidade conhecida e reconhecida, com responsabilidades políticas”. Carlos Pinto Machado diz mesmo ter “a convicção de que houve intenção de me intimidar”, relacionando-o com as declarações que fez no debate eleitoral organizado pela Gazeta das Caldas “no qual critiquei a GNR Óbidos no patrulhamento da vila de Óbidos onde ocorrem inúmeros assaltos por parte de carteiristas”.
“Nunca me aconteceu nenhum episódio tão inacreditável como o que relatei”, frisa Carlos Pinto Machado, acrescentando ainda que se sentiu “roubado, perseguido e discriminado injustamente”.

O queixoso lamenta “que um procedimento incorreto” destes militares “ponha em causa a boa imagem de uma instituição prestigiada como é a GNR” e solicita que “o procedimento adotado pelos referidos militares seja averiguado quanto à sua legalidade”.
Gazeta das Caldas questionou a Guarda Nacional Republicana, mas não recebeu resposta até ao fecho desta edição.

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