A obidense Mara Correia criou o jogo Escape Tower. A funcionar desde inícios de Dezembro do ano passado, tem sido procurado por portugueses, espanhóis, japoneses, americanos e húngaros, que ali passam por uma experiência diferente.
No futuro, a jovem empreendedora gostaria de criar jogos personalizados que podem não decorrer nesta torre (mandada construir por D. Sancho I), mas em diferentes locais a combinar com os participantes.
A equipa entra na Torre Albarrã, fica trancada com um cadeado cujo código terá que descobrir para poder abrir a porta e sair. Pelo meio precisa de encontrar várias pistas e passar por desafios até conseguir a chave. Parece-lhe uma tarefa fácil, mesmo se apenas tiver 30 ou 50 minutos para o fazer? Se a resposta é afirmativa, o melhor então será jogar o Escape Tower.
Concebido pela obidense Mara Correia, este jogo decorre nos dois pisos da torre e pode ser feito em 30 ou 50 minutos. O de 30 minutos tem um custo de sete euros por pessoa, ou de quatro euros para crianças com idade inferior a 12 anos. No que respeita ao jogo de 50 minutos, tem um custo de 40 euros, podendo a equipa ter entre dois a cinco elementos. Funciona com grupos de amigos, famílias, casais ou equipas de empresas para trabalhar questões de team building, explica a responsável que já recebeu portugueses, espanhóis, japoneses, americanos e húngaros.
A Torre abriu com este projecto a 5 de Dezembro. O primeiro grupo a participar foram estudantes húngaros em Erasmus em Portugal e que encontraram o jogo por acaso numa visita a Óbidos. Desde então tem recebido também grupos de amigos e famílias.
Psicóloga do Trabalho e das Organizações de Formação, Mara Correia conta que quando são famílias, no início é comum começarem por ser as crianças a jogar, mas depois os pais envolvem-se também. “No final as pessoas agradecem a experiência que consideram que vale muito a pena” remata, adiantando que a grande maioria nunca tinha vivenciado nada do género.
Mas também há os mais profissionais dos jogos. Mara Correia já recebeu uma equipa de geocachers (praticantes de uma modalidade chamada Geocaching que consiste numa caça ao tesouro com recurso a receptores de GPS) e que gostou bastante da experiência. “Não foi fácil acharem a solução porque era um grupo muito atento a todos os pormenores, mas isso não significa que estavam atentos aos que interessavam para o jogo”, revela.
E o que está dentro da torre? De acordo com a responsável são objectos a lembrar a época medieval, criados à medida, e que proporcionam a quem joga um enredo propício para um jogo mistério. Os participantes são convidados a entrar e, depois de deixaram os casacos e malas, envergam trajes medievais com os quais participam no jogo. Na parede há um monitor que mostra o tempo que têm disponível.
“As pessoas não precisam de saber quase nada sobre a vila para fazer o jogo, mas saem a saber mais sobre Óbidos”, diz, destacando que os participantes têm apenas de estar atentos.
O projecto, cujo investimento inicial rondou os 2500 euros, funciona na Torre Albarrã, fruto de uma parceria com a Associação Josefa d’Óbidos (a quem estava disponibilizado aquele local). A jovem empreendedora tem contado também com o apoio da AIRO e da Câmara de Óbidos.
Os jogos também vão mudando e vão sendo remodelados. No futuro, Mara Correia gostaria de fazer mais jogos personalizados em torno de uma pessoa, história ou lugar, assim como trabalhar com equipas de empresas, que depois poderão receber o feedback do seu desempenho e terem um documento que ateste a experiência que ali viveram.
O próximo passo será convidar as escolas para participar, ou mesmo criar parcerias com os professores de modo a prolongar a experiência também na escola, com os alunos.
Os interessados em participar podem inscrever-se através do site www.escapetower.com (na agenda de marcações) ou do e-mail óbidos@escapetower.com
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt






























