“O que importa é sempre ser atrativo”, diz Joaquim Sobreiro Duarte

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Atrair, Desenvolver e Reter – o ADR das organizações foi explicado por Joaquim Sobreiro Duarte, coach de carreira na Yes D People e facilitador de aprendizagem

Qualquer organização para funcionar precisa de recursos financeiros e materiais e tem dois objetivos: lucro e clientes satisfeitos. Mas, no meio de tudo isto têm de estar as pessoas, defendeu Joaquim Sobreiro Duarte. De acordo com o orador, ao invés do que acontecia há algumas décadas, em que as empresas ou organizações procuravam mão de obra, atualmente “precisam de pessoas que pensem, que tenham sentido crítico, porque é isso que nos faz crescer e dar boas experiências”.

Partindo da premissa de que a pessoa tem diversas vertentes (profissional, de desenvolvimento pessoal, saúde, família, relacionamentos), defende que tem de haver um equilíbrio entre elas e funcionarem como um todo. “Imaginemos que há um défice de saúde, o “mecanismo” não funciona, realça.

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Reportando-se ao ADN das organizações, Sobreiro Duarte começou por destacar que o objetivo natural é “sermos atrativos”. Atualmente as organizações já estão a selecionar de forma diferente, em função dos valores, ou seja para além das competências técnicas, também se avaliam as competências humanas. “Todas essas partes são muito importantes para a organização”, frisou o especialista.

“Quando a pessoa entra na organização, neste processo de atração, ela vai ter dois contratos: o contrato laboral e o outro, o contrato psicológico”, refere, destacando que ambos são extramente importantes porque atualmente as pessoas, para além do salário, querem outras coisas, como tempo, reconhecimento, projeto, desafios e confiança. O facilitador de aprendizagem realça mesmo que é extremamente importante, numa organização, fazer a entrevista de entrada e a de saída, que consiste em compreender o que levou aquela pessoa a sair da organização. “Isto pode dar-nos conhecimento para mudar alguma coisa”, explica.

“A alma é o segredo do negócio”
E, tendo os melhores dentro da organização, é necessário desenvolver as suas capacidades. “O líder deve ser a pessoa mais integrante do grupo, ele deve permitir que todos os outros sejam melhores do que ele”, defendeu o orador, partilhando com a plateia três regras para o sucesso: fazer tudo o que sabe, ensinar o que sabe e perguntar o que não sabe. “ A regra do segredo ser a alma do negócio já mudou, agora é: a alma é o segredo do negócio”, disse, fazendo notar a importância de permitir que as pessoas se desenvolvam, que tenham uma aprendizagem contínua.

A capacidade de escuta e de conversa também é vital para o bom funcionamento das organizações, assim como o criar condições para que as pessoas lá queiram estar.

Necessário também é um plano de desenvolvimento. É preciso compreender a analisar o estado atual e, através de estratégias atingir o clima organizacional que se pretende. Para o fazer, a tática de Sobreiro Duarte é o ADR (Atrair, Desenvolver e Reter), porque “quando tenho capacidade de retenção vou ser mais atrativo”, conclui o especialista. ■

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