O olhar de centenas de alunos sobre a Praça da Fruta

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Da rodilha à praça intitula a exposição final do projeto cultural integrado no Plano Nacional das Artes

Uma visita ao Museu de José Malhoa para ver o quadro A vendedeira de Laranjas, datado de 1929 deu o mote. Durante este ano letivo, mais de 600 alunos do Agrupamento de Escolas Raul Proença, dos vários níveis de ensino, trabalharam sobre a Praça da Fruta, ao mesmo tempo em que ficaram a saber que este ex-libris da cidade na verdade chama-se Praça da República e que também já foi a Praça D. Maria Pia e Rossio.
Inspirados pelo quadro de Malhoa, os jovens criaram uma história de como seria se vivessem em 1929 e pintaram o seu auto-retrato a vender laranjas na praça, ao mesmo tempo que retrataram a “Tia Rosa” uma vendedeira dos tempos atuais, onde não falta a respetiva máscara.

Dispostas no Céu de Vidro estão também várias máscaras criadas pelos alunos em pano cru e pintadas, assim como representações da rodilha, o objeto de pano que também é representado na tela, e que os jovens ficaram a conhecer.
Estão, também, expostas maquetes da praça, do seu tabuleiro e da sua montagem diária, assim como desenhos e pinturas. O projeto cultural, integrado no Plano Nacional das Artes e que decorreu durante este ano letivo, inclui ainda a música e a dança, com alunos que fizeram uma recolha dos sons da desmontagem da praça, que foram depois trabalhados em dança e foi feito um filme.

No próximo ano, o projeto cultural do agrupamento Raul Proença dará destaque às águas e Hospital Termal

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“O mais engraçado para os alunos foi descobrir que a praça tem múltiplas vidas, durante 24 horas”, salientou Dulce Nunes, professora de Desenho e coordenadora do projeto, na manhã de 19 de junho, durante a inauguração da exposição com os trabalhos realizados, no Céu de Vidro.
A presidente do conselho geral do agrupamento, Cândida Calado, destacou que este projeto pretende reforçar o contributo da formação artística para a consciência da cidadania e respeito pela herança cultural, além de promover a inclusão através das artes.
“Por vezes, pensamos que são áreas díspares, mas é preciso desenvolver projetos transversais”, defendeu a responsável.
Esta iniciativa foi trabalhada em parceria com a Câmara das Caldas da Rainha e a União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, ESAD e estruturas da cultura e das artes caldenses.
No próximo ano o projeto irá incidir nas águas e hospital termal, com um trabalho a realizar “essencialmente com as escolas do primeiro ciclo que estão mais na periferia”, explicou Dulce Nunes, acrescentando que terão um artista residente e irão contar com o Museu do Hospital e das Caldas e a ESAD como entidades parceiras.

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